domingo, 20 de julho de 2008

Forcaos 10 anos

Está rolando neste fim de semana (18, 19 e 20 de julho) a décima edição do forcaos, festival que surgiu como uma alternativa ao axé que toma conta da cidade no período das férias de julho devido ao fortal, e que conta tanto com bandas novas que tentam conquistar seu espaço como bandas já consagradas no cenário underground. Ao contrário das últimas edições, este ano o evento está acontecendo no Metrópole Shows, e não mais no anfiteatro do Dragão do Mar.
Nós fomos ontem (dia 18) dar uma conferida no evento, principalmente por contar com a (sempre citada aqui no blog) Samhainfall e a brasiliense Khallice, atração principal da noite. O evento estava marcado para começar às 19 horas, mas como era de se esperar, às 19:30 (hora que a gente chegou lá) só estava lá o tio do cachorro quente e mais uns três ou quatro adiantados esperando as portas abrirem. Tempo de passar no Habib’s e “abastecer” as energias pro show. Enfim, com a (falta de) pontualidade costumeira do Metrópole, aproximadamente às 20:30h abrem-se os portões.
Descontando o atraso inicial, o festival seguiu com uma organização excelente, o palco do Metrópole, por ser relativamente grande, permitia que o equipamento das bandas fosse preparado ainda durante o show anterior, o que minimiza o tempo entre as bandas. Destaque para o pessoal da AMC que subiu ao palco antes do segundo show para realizar um trabalho de conscientização com o pessoal, falando da “lei seca” e o velho “se for dirigir, não beba”. A pesar de não ser totalmente a favor dessa lei, eu achei muito boa a iniciativa, indo diretamente aos shows e bares fazer o trabalho educativo.
Quanto aos shows, eu confesso que não prestei muita atenção aos quatro primeiros, o primeiro a me chamar a atenção positivamente foi o da banda baiana Yun Fat. Já no anúncio da banda dava pra ver que seria algo no mínimo interessante: “uma banda que mistura Death Metal, Hard Core e Bossa Nova” meio difícil de imaginar, mas é realmente o que eles fazem. A banda conseguiu animar parte da galera, com destaque para o baterista, muito preciso nas viradas e nas levadas mais rápidas. A banda só peca um pouco por brincar demais com as músicas. O tom cômico nas músicas é interessante, mas eles utilizam este recurso à exaustão, perdendo um pouco a graça ao longo do show.
Plastique Noir eu prefiro não comentar, eles devem ser bons no estilo deles (ou não hehe), mas definitivamente não me agrada. A banda de Juazeiro, Laments of Soul, mostra ter potencial, mas ainda tem muito a melhorar, sobretudo sua vocalista Amanda (talvez nervosa ou simplesmente num dia ruim).
Terminada a Laments, foi a vez da Samhainfall entrar no palco, com a promessa de “quebrar tudo”. E quebraram mesmo. Exceto pela atração principal, foi a banda que mais levantou a galera. Fizeram um show bem resumido (limitado pelo tempo de meia hora por banda) compostos por três músicas que estarão no seu próximo CD e três do EP “the first sign”. O setlist foi o seguinte:
1 – Música nova 1
2 – Música nova 2
3 – Música nova 3
4 – Never Tell Secrets
5 – Seeds of Fire
6 – Banished from Hell (encerrada antes do final por que acabou o tempo)
Se alguém da banda quiser dizer os nomes das músicas novas, sinta-se à vontade para faze-lo nos comentários que a gente edita o post ; )
Depois da Samhainfall, foi a vez da banda Soturnus, da Paraíba. Esta faz um death muito bom, mas que eu não pude acompanhar de perto graças à dor no pescpço causada pelo show da Samhainfall hehe.
Finalmente, aproximadamente 1:30h (a produção, de algum jeito miraculoso, conseguiu transformar o atraso de duas horas do começo em meia hora, nota 10 pra eles) começa o show principal da noite: os brasilienses do Khallice.
Os caras mostraram por que são considerados o Dream Theater brasileiro. Primeiro pela clara influência da banda americana nas suas composições, mas principalmente pela qualidade técnica dos integrantes. A banda é formada por Alírio Neto (vocal), Marcelo Barbosa (guitarra), Michel Marciano (baixo), Renato Gomes (teclado) e Pedro Assumpção (bateria). Todos são excelentes músicos, mas o destaque vai para os três primeiros. Marcelo Barbosa dispensa apresentações. Guitarrista respeitadíssimo, montou em 1997 sua própria escola de guitarra, onde ensina guitarra utilizando um método que ele próprio criou. Alírio Neto é outro monstro. Cantor lírico, participou de vários musicais, como a montagem brasileira de “Jesus Christ Super Star”, da brodway. Michel Marciano me surpreendeu justamente pelo fato de eu não conhecer seu trabalho previamente. O cara toca absurdamente e com uma facilidade muito grande, do tipo de músico que faz parecer fácil o que ele está fazendo.
O Khallice realmente mostrou o poder do prog metal brasileiro. Se a banda peca pela falta de originalidade, isto é facilmente ofuscado pela qualidade dos músicos. Os caras agitaram muito e tocaram de forma impecável, não errando em um momento sequer, tendo espaço até para um cover impecável da influência-mor Dream Theater e um do cássico Deep Purple. Com certeza, fecharam a noite com chave de ouro e com a tradicional promeça de voltar em breve. Espero que voltem mesmo :)
Setlist do Khallice:
1 – Share a Little Something
2 – Madman Lullaby
3 – Stuck (eu acho hehe)
4 – Thunderstorm
5 – Pull me Under (Dream Theater)
6 – Letting Go
7 – Spiritual Jewel
8 – Loneliness
9 – Inside Your Head
10 – In the Fire
11 – Vampire
12 – Burn (Deep Purple)

3 comentários:

Anônimo disse...

Aew...depois de muito houvir falar sobre Forcaos, finalmente fomos. Eu achei que ia ter mais gente pelo fato da entrada ser baratíssima!!!

Eu quero dar destaque as três últimas bandas do evento. A Samhainfall como sempre detonou e mostrou-se muito a vontade no palco. Já a Soturnos é realmente muito boa!!! Uma banda muito técnica que som interessante, estão de parabéns! Já o Khallice nem precisa falar muito, foi um puta show. A banda toca brincando, demonstrando talento e experiência. Virei fãn do baixista.

Anônimo disse...

Pois é rapaz,fomos ao Forcaos!!
Pena que tinha pouquissima gente la.Agora a verdade e que ao menos pra mim a maioria das bandas não agradou.A Yun Fat parecia poder fazer um som bem legal mas eles pareceram sair da brincadeirae entrar na ridicularização.
A Samhainfall foi uma das bandas que eu mais esperava.Fizeram um show bom,porem , na minha opnião, muito longe do que eles são capazes de fazer.O Raphael estava usando a voz sem muita noção o que tornou o show em alguns momentos simplismente uma sequencias de sons.É uma otima banda,mas não achei que fizeram um grande show.
E o Khallice me surpreendeu positivamente.Otima banda.A tecnica e sonoridade deles e incrivel.O Micheal Marciano cara,tava inpecavel.Grande show :D

Anônimo disse...

Mantendo a maratona do ano mais Metal do que nunca na nossa terrinha, fomos pra o Forcaos...
foi incrível ótimas bandas locais como a conhecida Samhainfall e outra muito boa Soturnus(PB) e claro o grandiozo Khallice, mas nem tudo era de primeira hehe...tinha umas bandas realmente de se perguntar por q estavam ali...tendo outras muito boas ficado de fora, mas no conjunto foi muito bom, bati kbça como nunca nesse Forcaos hehe...tanto q os dias seguintes foram de repouso
vlw glr METAL FOREVER!!!