E então se imagine na seguinte situação: Você acorda em um sofá, em uma cidade distante, cansado pra caralho, a panturrilha ardendo. Mas ae você lembra onde estava na noite anterior. Putz!! Show do Red Hot Chili Peppers (mais detalhes no post anterior)!!! Em qualquer outra situação, isso já seria suficiente pra meses de um sorriso no rosto. Mas esta não é uma situação comum, jovem padwan. Esse é o ROCK IN RIO, ou seja, você acorda e se toca que mais tarde ainda vai ter METALLICA!! Esta meu caro, era nossa situação!
Então vamos direto para aCidade do Rock. Alguns partiram mais cedo e ainda encararam a fila de 6 km(é isso mesmo?). Já os calejados do show do Iron, chegaram mais tarde e pulamos a parte da fila :p. Primeira impressão: Muito mais gente de preto hehehe.. tudo com mais cara de show de metal. Aquela sensação que é a identidade desse festival já se apoderava novamente de nós, e o cansaço foi embora que nem mágica. As dores pareciam vir de uma dimensão muito muito distante.
Ao entrar vamos direto pro palco Sunset, ainda não visitado no dia anterior, para assistir o show do Angra em parceria com Tarja Turunen. A primeira decepção do festival foi ver a qualidade do som no palco Sunset, que falhou muito com o Angra. As guitarras ficavam ora mudas, ora estourando as caixas, enquanto o Angra fazia uma parte instrumental muito boa, como eu não via ser executada em muito tempo. O Edu deixou a desejar nos vocais, mas isso é parte de uma antiga novela que pode ser vista no site do próprio. E eu tive o prazer de ver novamente ver Tarja cantando, o que é uma experiência muito boa. Ô mulher pra cantar!
Depois mais alguns probleminhas no palco Sunset. Devido a atrasos, iria começar o show do Glória no Palco Mundo no momento em que o Sepultura deveria estar subindo ao palco no outro palco. Com isso e um público considerável esperando para ver clássica banda brasileira, gerou protestos e... eis que depois de um tempo, Sepultura sobe ao palco junto com os franceses do Tambours Du Bronx. Sepultura tocou músicas como Refuse Resist, Territory e (claro!) Roots Bloody Roots! Já os franceses se encarregam de dar uma clima mais místico e tribal ao show. Eu me senti naquela cena do Matrix que tem a festa em Zion hehe..
Terminado no palco Sunset, vamos para o Palco Mundo, enquanto tocava Coheed And
Cambria (banda que eu estava interessado em ver:D) e eis que .... PQP, lotado!! E mais, parecia que todos jogadores de basquete e vôlei que curtem metal estavam lá. Galera muito alta! Ficamos na busca por um local que desse pra assistir o show legal, com o Kassão abrindo o caminho em meio a multidão hehe. Mas de qualquer modo, em meio a cem mil pessoas, quando o pessoal arranja um local em que ficam satisfeitos, o protegem como cão faminto com seu osso! Depois de alguns banhos de cerveja, chegamos a um local que dava pra ficar pra ver o show. O Coheed foi animar muito a galera quando tocou The Trooper do Iron Maiden ( mesmo quem tava mais parado pulou nessa) e na sua música mais conhecida e que contou com uma performance mais extrovertida (hehe) do vocalista Claudio Sanchez, Welcome Home! Eu tava temendo ter perdido essa música deles, que como diria os jovens do Delfos, é a mais tremendona deles! Heheh
Após os norte americanos do Coheed, vem nos nada menos do que clássicos do Motorhead!
Puxada por Lemmy, com seu clássico timbre, Philip Campbel puxando solos de guitarra
(melhores do que eu esperava :p) e Mikkey Dee sendo a batida cardíaca da banda! “We Are Motorhead, and we play Rock ‘n Roll!” Motorhead deve ser o total inverso de uma música emo. É o tipo de música que deve incentivar a produção de testosterona!
Acabado o show do Motorhead, eu o Harley decidimos caçar comida, já que a idéia era estar 100% no show do grande Metallica! Na saída a gente se perdeu e enfim, depois de um tempo eu voltei pro local onde eu estava pra curtir o show que pra mim era uma total incógnita da noite, e até eu diria, já esperava pouco. Estou falando da banda Slipknot. Mas eis que chego e escuto uma música e penso : “Porra, gostei do som” , depois penso “Caralho, o visual do show dos caras é muito louco”e assim se seguiram meus pensamentos bem educados sempre antecedidos por uma palavra de carinho. E questão de pouquíssimo tempo eu já estava ensandecido por este show! Foi o show mais louco que eu presenciei no RIR e, quiça, em toda minha jovem vida. Realmente curti muito , e o momento em que ele pediu para todos se abaixarem foi foda. Imagine você no meio daquela multidão, e então todos se abaixam, ficam esperando vir a hora de pular, preparando o pulo, a guitarra vai crescendo, o bumbo vira seu coração, e então .... “JUMP THE FUCK UP NOW”! Só sei que pulei, meu óculos foi embora, eu pensei fudeu! Mas bora curtir!! Até que pelas graças de Odin que encarnou em um senhorzin que estava lá perto, o óculos voltou pra mim! :D
Pois bem, acaba o show do Slipknot, pessoas estão chorando de emoção, outras com um
sorrisão no rosto e eu olho pro Harley (já tínhamos nos encontrado novamente durante o show) com aquela sensação de “Ei ma, a gente fez parte disso aqui!”
Mas agora era hora de procurar um local pra assistir o show do Metallica, nada de ficar vendo só pelo telão! E segue então momentos semelhantes a busca pra um local pra ficar antes do show do Iron. Drama: lotação+altura do público. Caçamos e caçamos até que achamos o que parecia ser o limite de onde poderíamos chegar sem ter que se meter em um embate físico direto e direcionado hehehe..
E então começar o show do Metallica!!! O que se segue meus caros, são mais de 2h do mais puro heavy/trash metal!!! O show começa com um vídeo a lá começo do show o Iron, pra fazer a emoção ir crescendo dentro de cada metaleiro presente naquela abençoda cidade do Rock! Entram então James Hetfield, Mr Kirk Hammett e Robert Trujillo liderados pela bateria energética de Lars Ulrich em Creeping Death.
E então o Metallica, como não poderia deixar de ser, fez uma homenagem a Theater of
Salvation tocando For Whom the Bell tolls, Fuel, Fade to Black, Nothing Else Matters e Enter Sandman (acho que só quem vai entender esse parágrafo é quem é da banda heheh)
Uma estrutura enorme acompanhou a banda durante o show. Com labaredas épicas,
relâmpagos de Odin, papocos dignos de Zeus e bolas pretas gigantes caindo de cima do palco. Enfim, foi show pra filho nenhum do vento preto colocar defeito (Mais uma vez a influência do Delfos aparecendo ae). E para registrar, ao fim de tudo, a pedidos do público... Seek and Destroy!
Meus caros, não vou descrever o show passo a passo, porque o sentimento não tenho o domínio com as palavras suficiente para lhes passar o sentimento, mas vos digo, que a sensação ao final deste abençoado fim de semana totalmente atípico, foi de que somos pessoas que são algo de diferente agora.
To be continued: Deep Purple em Fortaleza!!!!
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