Bem galera, seguindo a mesma lógica do último poste, eu vou me ater aqui na parte dos shows e depois volto (ou o kbça) pra dar o relato da viagem. Então let’s GO.
Ir ao Rock in Rio não é como ir a um show comum! O público é de 100 mil pessoas e são 14 horas de música por dia, ou seja, números grandiosos que denunciavam a grande maratona que ir ao show representaria.
A primeira dúvida era: que horas ir ao show?
Alguns mais agoniados que estava com a gente queriam chegar logo de manhã pelo festival. Já os que passaram pelo esgotamento físico e mental no show do Maiden sabiam que era necessário um pouco de prudência. Acabou que nosso lado ganhou e fomos para o festival umas duas horas da tarde.
A segunda dúvida era como chegar e a solução foi o velho buzão (e de preferência a opção mais barata). Não que tenha sido uma solução confortável, mas foi barata e acabou cumprindo o que queríamos: ir e voltar vivos.
Chegando ao festival tivemos duas surpresas. A primeira foi a fila quilométrica que se formava e a segunda ficou por conta da beleza do local onde ficava a Cidade do Rock, um espaço cercado por morros e com um clima agradável, parecendo uma grande serra. Depois de muito tempo de espera, a entrada foi autorizada e com muita paciência as coisas acabaram dando certo.
Ao entrar na Cidade do Rock, a alegria contagiou a galera e tiramos várias fotos. Após isso combinamos um ponto de encontro e partimos para frente do palco mundo. Quando chegamos lá, uma parte ficou (Girino, Danilo Calanguinho, Kássio e Eu) , outra parte saiu para conhecer a cidade do rock e outra se perdeu geral hehe.
A priori, a minha ideia não era fincar território tão cedo na frente do palco, porém a possibilidade de assistir o show de perto me deixou meio insano e acabei ficando lá até a hora do show.
A primeira banda a tocar foi o NX Zero, uma banda que não é muito do nosso gosto, mas ao contrário de muita gente que apenas se concentrou em ofender os músicos, apenas fiquei observando desempenho dos caras e posso dizer fizeram uma apresentação até certinha e não chegaram a incomodar, apesar de não chamar muita atenção.
Após o NX era a vez do Stone Sour, a segunda mais esperada por mim na noite, especialmente pelo talentoso frontman Corey Taylor. Mas ai que vem a pegadinha do maladro!!!
Enquanto eu esperava o show, o Kássio comenta com um cara próximo de mim que o baterista da banda era Mike Portnoy!!!
Eu logo retruquei: Não cara, o nome do baterista é Roy!
Só que aew o Kássio me explicou: é que o batera original pediu licença e chamaram o Portnoy pra substituir.
Foi ai que eu entrei em parafuso!
Olhei para o palco e pensei: porra! Que surpresa!
E a banda começou de forma gloriosa!!! Mas não por causa do talento hehe, mas sim porque colocaram a música do episodio I: ameaça fantasma para tocar :D.
Durante a apresentação, a banda executou boas canções, tais como Mission Statement, Come What Ever May, Say You’ll Haunt Me e Through The Glass, que ganhou uma boa versão ao vivo.
Na banda, os destaques foram para o excelente vocalista Corey Taylor que além de uma ótima potencial vocal tem muito carisma e presença de palco, para o gigantesco guitarrista James Root, também Spliknot, com seus dois metros e tanto de altura e para o baterista provisório Mike Portnoy que contava até com um coro próprio hehe.
Falando em Portnoy, eu posso dizer que foi uma grande surpresa e imensa alegria ver esse grande músico ao vivo. Todavia, a ressalva é que eu pude assisti-lo sem que ele executasse o estilo que consagrou a sua técnica: o progressivo.
Após a apresentação da banda americana, era vez dos brasileiros do Capital Inicial, que fez um show que me surpreendeu do ponto de vista da estrutura, sendo a mais avantajada da noite. Lançadores de chamas, imagens no telão de led, sirenes e músicos de apoio, foram os elementos que deram um incremento da apresentação do grupo brasiliense, que não deixou o ritmo levantado pelo Stone Sour cair.
Depois da apresentação dos brasileiros, veio a banda Snow Patrol que faz um som certinho e conta até com umas músicas bonitas, mas que teve um show comprometido pelo grande número de baladas e por algumas canções em que a banda preferia usar três teclados a guitarra ou baixo e isso me incomoda hehe.
Após a apresentação da banda irlandesa, foi a vez de esperar pelos californianos chamados... de... vocês sabem quem... Red Hot Chili Peppers. :P
Foram 7 horas de espera na frente do palco. Pegando chuva e passando frio. Pés doidos e sede. Mas tudo isso não era o suficiente para nos convencer a sair de uma visão tão boa para o palco, principalmente em se tratando de um festival de 100 mil pessoas.
Na minha mente, eu torcia para que os meus amigos tivesse a mesma experiência explosiva que tive dias antes e para que o show começasse logo. Nos momentos que antecederam o show, a ansiedade foi tanta que mal houve diálogo entre os presentes, apenas contando os segundos para o show.
Mas quando apareceu a imagem do novo cd nos telões, era sinal de que a espera tinha acabado e daí foi só partir pra galera e curtir de forma intensa mais uma grandiosa apresentação.
A cada canção tocada era olhar para os amigos ver a felicidade estampada na cara de cada um deles. Cantando, pulando, vibrando e dançando ao som das canções que embalaram nossas adolescências. No show me lembrava dos momentos em que íamos para a casa do kbça assistir aos DVDs da banda ou o cd pirata do girino que ficava tocando direto na Tabuba.
Durante a apresentação, foi possível curtir a sonoridade peculiar da banda, calcada numa mistura de dois estilos que se colocam de formas opostas, o punk e o funk norte americanos, fazendo com que a junção entre o baixo e a bateria resultem num ritmo que representa a alma da música da banda.
Duas partes marcantes foram quando tocaram Me and My Friends e Higher Ground. Na primeira formamos um pequeno círculo, enquanto gritávamos enlouquecidos o refrão e na segunda pulamos como se estivéssemos gravando o nosso clipe.
Ao fim do show, a banda homenageou um fã da banda que faleceu ano passado e disparou Around the World, Blood Sugar Sex Magik e Give it Away em seqüência para esgotar todas as nossas energias.
Em relação ao show da capital argentina foram três música diferentes: Pea, Around the World e Did I Let You Know.
Depois da apresentação, uma imensa queima de fogos de artifícios terminou com chave de ouro a noite, em que todos nós, mesmos cansados, sorriamos um para os outros sinalizando que finalmente tínhamos realizado aquele sonho.
Para mim, o fim de show foi diferente do que na Argentina.
Se lá eu podia pensar que em 6 dias veria a banda novamente, dessa vez eu realmente via que ia me despedir e tudo que eu pensava era que o show não podia terminar, mas isso era algo que eu não podia evitar.
Enfim, foi uma semana de sonho para mim e uma noite de imensa alegria com os meus amigos, e mesmos exaustos sabíamos: tínhamos que ter força para mais um dia, para outra banda californiana.
Vocês sabem quem!
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