sábado, 30 de agosto de 2008

Ceara in Rock - já na primeira edição entra para história

Desde o publicação da idéia até a sua execução, o festival foi um grande desafio. Ironicamente, um desafio que foi suplantado por um cara que não é cearense mas que entrou no coração dos headbangers locais. ( valeu Marcelo!!!)

O festival que contava com Tarja Turunen e André Matos, começou na quinta-feira, dia 28. De início uma idéia ousada, pois um show na quinta feira sempre é olhado com desconfiança pelos headbangers locais. Mesmo assim, um bom público compareceu a noite do dia 28, todos desejosos por ver a encantadora Tarja e por sua super banda. Um dia que levou um público diferente para um evento de heavy, com muitas caras novas. A casa de show Oasis tem suas vantagens sendo a principal a visibilidade para o palco, tornando o show quase que um evento só para convidados de tão próximo que ficamos dos artistas. No entanto a casa de show é quente ( outros problemas posteriormente serão ressaltados). O primeiro problema do festival foi o fato de o anuncio marcar os shows para começar as 19 horas, horario que foi atrasado por quase duas horas, aumentando a ansiedade do pessoal, principalmente da galera que, como nós, queriamos ver Sanhainfall!!! Mas devido ao atraso, os shows locais foram meio prejudicados. A banda Cliftons tocou por apenas 10 minutos e Sanhainfall sequer subiu ao palco. No entanto, nada foi prejudicou o show de Tarja. Por volta de 21:30, um pano é levantado em frente ao palco. Foram meia horas de ansiedade que eram aumentadas pelo fato de o Terrana ter feito uma pequena passagem enquanto os ultimos preparativos eram feitos.

Por volta de 22 horas, é iniciado as luzes da casa se apagam e apenas uma luz do fundo palco ilumina o corpo de tarja, é quando a mesma passa cantar e prontamente sua voz magistral emana todo local de um encanto provocado por um talento unico. Tudo isso vendo só o vulto da vocalista. Quando cai o pano, nos deparamos com toda banda. Foi um momento emocionate pra mim, ver tantos talentos tão próximos. Mike,Kiko, Tarja e Doug são reconhecidos em suas especialidades e estavam juntos para nos entregar o espetaculo singular. O show variou entre a carreira solo da vocalista e suas musicas junto ao Nightwish, sendo estas cantadas aos pelnos pulmões. A banda simplesmente passeou em palco, tranquilos de tudo que faziam, com o público na mão, transpiraram talento. Magistral!!!

Sim, ele mereceu um paragrafo só pra ele. Mike Terrana. Monstruoso. Até hoje fico arrependido de num ter ido para o workshop. Um icone, um talento!!! Sem palavras para definir.

No show, ficou só devendo a falta das clássicas the phantom of opera e Over the hills and far away no Nightwish e the Reing do album solo dela. Mesmo assim foi um ESPETÁCULO!!! Realmente estou ficando mal acostumado com tantos shows de grande nível. O paia foi o fato de não anunciarem que a Sanhainfall não ia tocar, ficando nossa galera de esperando em vão.

No segundo dia,a aventura parecia ser maior. Pra começar não iriamos de carro e tivemos que andar da domingos olimpio até a duque de caxias para pegar um onibus. De lá, fomos para o Óasis, onde nos desfrutamos de rechados como jantar... Tudo isso para não perder André Matos e Black Dog. Fomos esperar lá na fila, enquanto o kbça ampliava o seu ciclo de amizades hehe. Ao entrar no Oasis, o pública parecia pequeno mas tudo isso que a galera chegou tarde.... e pq chegou tarde? pq quase tudo aqui começa atrasado!!! Então entramos e fomos conferir o show da Canino Song. De cara, o som estava bem mais alto, fato que animou os metaleitos nãp-eventuais. A primeira banda foi Canino Song, que não tem musicas muito originais, mas tem uma cômica ( e na minha opinião acertada) introdução, dando uma cara descontraída para o show. Depois foi a hora da banda Superface, na qual eu não prestei atenção. No entanto, em seguida veio a banda do guitarrista Tales Necromorten. Pra começar, essa banda, na minha opinião, é superior a banda principal do Tales, Darkside. Fazendo um Thrash muito rápido e pesado, ótimo para bater cabeça, a banda usa e abusa de enerdia fazend um dos melhores shows do gênero que eu vi de uma banda local. Realmente me agradou, mas resolvi me poupar pra conferir a Obskure. E essa não decepcionou,é realmente uma banda do caralho que honrou seus 19 anos de história. De cara percebi que o dvd da banda não capitou 70% da energia que eles passam ao vivo. São bem firmes e tocam com amor ao estilo, empolgando todo mundo. Nessa hora, o jogo já tava ganho, as bandas extremas detonaram. Só falta o André pra levantar a taça e a black dog beijar a taça.

Instantes depois era a vez da musa nissei san seii hahuahu entra no palco com sua trupe. Desde o primeiro momentos os caras se mostram hiper-competentes e no nível das bandas internacionais que passaram por aqui ( caralho, posso fazer essa comparação hahua). Com uma iluminação impecável e com os carismátios andré e zaza, a banda teve o show na sua mão. Lá se foram Letting Go e Rio. Logo após foram distant thunder e Here I Am, seqüencia de matar que fez com que eu fosse lá na frente bater cabeça como não se houvesse amanhã em homenagem ao Ritual, um dos cds que foram fundamentais por escolher o estilo. Tocadas essas músicas eu voltei ao normal kkkk. A banda executou crááássicos de viper, angra e virgo, sendo living for the night uma celebração a história desse músico. Show com energia,interação e pesado... pra que mais??? parecia algo muito bom pra ser verdade, mas eu já começava a olhar temeroso com o show do da black dog, pois como o andré falou, a banda dele só estava na metade e já eram 1:20 da manhã. Foi quando na música time to be free, uma música épica da banda, passa a ser executada. Nos primeiros instantes a música não tem nada diferente e sendo bem conduzida. No entanto no meio da canção o som é desligado, sendo apenas perceptivel a bateria. Todo mundo berrou protestando!!! Em seguida, era hora de Fairy Tale e mais uma vez o som estava desligado, a música foi executada a sério pela banda, mas o público não pode conferir o esforço dos músicos. Em seguida as luzes são desligadas e todo mundo da banda se retira. Um momento que nunca presenciamos antes, pois inicialmente chegamos a pensar em um possível solo mas não sobrou ninguém no palco. Não tinha cara da saída para o bis... tinha cara de merda. Foi muito tempo esperando, quando o Marcelo vem da o recado que havia problemas com a SEMAM e que estava sendo feito de tudo para reverter o problema. E nada de o show começar e a galera começava a ficar apreensiva. Depois de um tempo, aparece o André que fala pra galera que o show vai assumir o roupagem semi-acustica. A banda, com os distorções de guitarra desligadas. A banda se esforça e conta com o apoio da galera, mas mesmo assim, o clima tinha esfriado. Foi nessa hora que o André Matos ganhou o meu respeito muito além do que uma música pode fornecer, talvez seja nessa hora que o show começou, um show de respeito e personalidade desse músico. Em nome da banda ele lamenta tudo e promete voltar pra nossa capital em breve. Todo mundo sai desolado!!! Imagina a galera que foi lá pra ver black dog...deve ter ficado muito puta!!! Eu simplismente não acreditei. Em certo momento, as luzes chegam a ser desligadas, o que podia provocar uma confusão entre os espectadores.

Devo abordar o comportamento do metaleiro cearense. Esse deve ser ressaltado também! Pois nenhuma confusão generalisada foi iniciada e todo mundo sai de maneira educada. Cara..isso foi um exemplo.. uma demostração de que somos civilizados e que merecemos respeitos.

A interrupção do show foi a aplicação da lei do silêncio. De certa forma, a aplicação é justa, pois o Oasis tem um uma acustica não muito boa, como vimos no momento em que passamos por tras da casa de show, e pela casa de show ser perto de area residêncial. Eu sou a favor do combate à poluição sonoro. O problema é a maneira na qual foi aplicada a lei, de maneira arbitraria. Eles não pensaram nas conseqüencias do que poderia acontecer caso o show acabasse sem mais nem menos, o que foi evitado pela a elegânca com que o André avisou a galera. Vale ressaltar que o problema não é só do Oásis, pois quase todas as casas de shows locais e barzinho com música ao vivo não tem uma eficaz acustica, agora que está acima do organizador, pois se ele butar na cabeça em fazer um show somente onde tem acustica perfeita, ele não faz show aqui em fortaleza. Outro problema é que a lei em outros lugares é ignorada, pois as autoridades competentes fazem vista grossa para não cortar o barato dos turistas.

Eu compreendo a indignação dos músicos, pois eles se preparam mentalmente, e físicamente para tocar e ver seu trabalho interrompido de maneira bruscas é de se indignar. Entendo a indignação do Marcelo, pois ele já teve tanto problema quanto a organização do festival que ele merceria um desfecho melhor.

Em suma, é necessário fazer eventos o mais organizado possível, para que se consiga começar e terminar numa hora boa, respeitando a vizinhança do local. Tem que ser planejado quantas bandas são capazes de tocar naquela noite. É possíevl fazer um evento dinâmico, o forcaos foi um exemplo, agora temos que ter a noção que não cabe apenas ao Marcelo fazer isso só, mas toda galera headbanger de Fortaleza. Eu me recordo quando o Almah fez um show aqui em fortaleza, e o Aquiles foi até a frente do palco e chamou o Emídio, da Galery Productions, para dizer para todo mundo que são figuras como ele que fazem o heavy daqui se sustentar. Isso me chama a atenção, pois não é justo com que o Emidio, o Marcelo e seja quem for, tenha que fazer um esforço sobre humano, para butar o movimento local para andar, pois são muitas as adversidades a serem enfrentadas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara,Ceara in Rock entrou pra historia de fortaleza mesmo.
Nosso primeiro festival com essa ousadia,infelizmente não deu tudo certo.Mas foi possivel presenciar momentos incriveis nessas duas noites.
O show da Tarja foi algo espetacular.Ela realmente canta de um modo natural e perfeito,sem precisar demonstrar esforço para isso.E não a Tarja,como toda sua banda.São incriveis.
Infelizmente a Samhainfall não se apresentou. Eu estava esperando ansioso esse show.
E no segundo dia,Andre Matos(banda)tambem esbanjou profissionalismo e habilidade em um momento incrivel da carreira de todos esses musicos.
Tambem estão de parabens pela vontade que demonstraram de continuar o show,mesmo com todas as dificuldades que foram surgindo.Andre Matos ja tinha meu respeito a muito tempo como um grande musico,e agora tb como pessoa.
E outra pessoa que merece grandes parabens é o Marcelo.O cara se esforçou muuuito,fez um festival que ate hoje não tinha aparecido alguem pra fazer o que ele fez.E com certeza passou por grandes dificuldades para realiza-lo, e continuou tentando fazer o melhor possivel ate o fim.Ate o fim não,pois não estamos todos apenas dando os primeiros passos.

Anônimo disse...

Antes de falar qualquer coisa, meus mais sinceros agradecimentos ao Marcelo por ter proporcionado esses momentos mágicos ao público cearense. A gente sabe que não foi fácil, mas, apesar dos pesares, valeu a pena todo o esforço!

Os shows foram simplesmente perfeitos, não existem palavras para descrever a Tarja ao vivo. Simplesmente perfeita, nunca vi alguém cantando tão bem ao vivo.

O andre já era meu maior ídolo do metal desde que eu entrei nesse mundo metálico, agora então ele alcançou o status de semi deus hehe.
Mesmo com os contratempos, o cara mostrou uma vontade incrível de continuar o show, tentando todas as alternativas possíveis, até fazer o resto do show acústico.
Quando o som foi cortado, em vez de revoltar o público (como faria a maioria dos vocalistas sem noção que temos por aí) ele encerrou com muita calma e ressaltando que estava sendo cumprida a lei e que concordando ou não, por ora teríamos que respeitar. Um show de respeito ao público.

Só um detalhe quanto à aplicação da lei. Segundo o Marcelo (via comunidade do show no orkut), os caras não queriam saber de negociação. Se o problema é com a lei do silêncio, baixar o som já seria o suficiente, mas eles foram lá realmente para acabar com o show, sem conversa, sem discutir. Ainda segunto o Marcelo, o auto continha, em letras garrafais, a inscrição "Evento: SHOW DE ROCK". Preconceito? Não, não...