quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Los Red Hot Chili Peppers


Ufa, depois de duas semanas intensas envolvendo viagens e conclusão da monografia, finalmente encontrei tempo para poder postar essas aventuras no blog \o/.



Pois bem, seguindo a linha cronológica dos acontecimentos, irei começar pelo show do Red Hot Chili Peppers em Buenos Aires, Argentina. Neste poste falarei apenas do show e posteriormente, quando tiver mais tempo, irei falar sobre a viagem. 

Portanto, senhoras e senhores, preparem-se para a primeira postagem internacional do blog huahuahua.

O show na capital argentina ocorreu no dia 18 de setembro, um belíssimo domingo com o céu limpo que parecia querer animar ainda mais os fãs que iriam comparecer ao concerto. Foi mais uma oportunidade de por em prática toda a aprendizagem adquirida no show do Iron em Recife, ou seja, não chegar extremamente cedo ao local e se alimentar e hidratar de forma consistente.

No dia em questão, acordei 10 horas da manhã apenas para pegar o café da manhã do hotel, onde fiz um tremendo arrastão nas opções. Após o desjejum, corri para o quarto e voltei a agonizar de sono. Ô vidão hehe.

Entre cochilos, banho e alívio fisiológicos (uma dor de barriga no meio da the evil that men do me tramatizou), nós (Kássio, eu e mais dois amigos nossos) saímos do hotel quase duas horas da tarde. De lá fomos andando até a 9 de julho, principal avenida da cidade, e pegamos um metrô até a estação do congresso. Descendo na estação, havia um bloqueio que impedia a passagem de veículos para acessar o estádio e tivemos que caminhar quinze quarteirões, mas o que acabamos tirando de letra por causa da empolgação do show.

Ao chegar ao local do show, eu posso dizer que deu preguiça de ir até o fim da fila. Estava muito grande e essa foi a parte mais chata do dia.

Ao chegar ao fim da fila, um vendedor ambulante veio me oferecer um binóculo, o que me fez pensar me pensar no pior: viajar até longe e ver formiguinhas no palco!

Com o passar do tempo, a fila triplicou de tamanho e foi a hora que a galera de São Paulo apareceu. Eu conhecia dois caras do grupo paulista de longas e longas conversas no fórum Red Hot Chili Peppers Brasil. Com mais brasileiros na fila, a conversa ficou mais dinâmica e logo começamos a chamar atenção pq falávamos muito e um das meninas tava enrolada com a bandeira brasileira.

Quando o relógio marcava cinco horas, entramos no estádio. Deu tempo apenas de tirar uma foto com a galera do Brasil e iniciar uma correria frenética rumo ao palco, o que foi possível já que não havia pista vip, e rendeu uma visão muito próxima do palco.


Durante a corrida, aproveitei pra curtir o estádio do River Plate, o Monumental de Nunes, uma belíssima praça esportiva que tem as arquibancadas que ficam quase engolindo o campo se comparado ao padrão brasileiro de arquibancadas mais distantes.

Ao chegar ao palco, se apresentava uma banda local chamada Jauría, que fez o som mais pesado da tarde/noite, o que deu pra esquentar o sangue. Após ela, veio outra banda local chamada Massacre, mas que era chata pra caralho e acabou sendo o tempo de espera mais demorado.

Após as apresentações locais, foi a vez da banda inglesa alternativa chamado Foals, que acabou fazendo um show bem morgado, mas que se salvou por duas músicas boas, mas no mais não deixou muita saudade.

Após as bandas de suporte, era a vez de esperar pelos chili peppers. Enquanto isso, os argentinos ecoavam cânticos de amor e carinho pela banda como se fosse uma torcida organizada de futebol.Com a aglomeração de fãs perto do palco, o frio foi mandado pelo espaço e a medida que o show se aproximava o empurra-empurra se intensificava de forma sufocante, o que fez muitas meninas que estavam próximo ao palco fosse retiradas.

Após tanta espera, as 21:10, acabava a minha espera de 11 anos para ver a banda, espera essa que foi alimentada com muita ansiedade e que por algum tempo eu achava que nunca iria terminar.

Os primeiros a entrar foram Chad Smith e Flea, depois Josh Klinghoffer e por último Anthony Kiedis. Com toda a formação da banda em cima do palco, foi questão de milésimos para a histeria começar. 

A primeira canção foi Monarchy of Roses que fez todo o estádio tremer de forma intensa. Mal a música acabou a banda fez uma pequena Jam até cair na inconfundível introdução de Can’t Stop, uma das melhores heranças de Frusciante, que foi acompanhada por 60 mil vozes insanas.


Enfim, falar de música por música vai ficar meio repetitiva pq ainda temos o rock in rio para comentar, mas a cada canção ecoada a emoção era singular, especialmente pq eu fugi de qualquer spoiler do set list e alguns temas executados me pegaram de surpresa.

Um momento impecável do show quando o grupo emendou entre alguns improvisos as músicas com Right on Time, Blood Sugar Sex Magic e Higher Ground, fazendo o público pular como se não houvesse amanhã, mostrando que as férias de três anos para a banda foram importantes para recarregar a bateria do grupo.

À medida que o show passava, cada vez mais eu ficava próximo da grade e conseguia ver nitidamente os integrantes da banda. Porém foi em Californication, já na segunda metade do show, que finalmente consegui chegar ao local mais próximo do palco e lá pude me emocionar ainda mais e agitar de toda forma que pudesse extravasar a longa espera.

Voz , pernas e costas pediam um descanso, mas eu simplesmente não podia ceder, já que ninguém sabe quantas vezes vc terá a chance de reviver aquilo de forma intensa.

Outro momento legal foi quando a banda voltou para executar Dance, Dance, Dance, acompanhada do percussionista da banda, o brasileiro Mauro Refosco, que ostentou uma autêntica zabumba e rendeu ao fim da canção uma Jam muito inspirada ao fim da canção. Em seguida veio o petardo parallel universe e por fim a mais que conhecida Give it Away.

O que mais dizer? Realmente não sei. A emoção foi grande e a noite inesquecível.

O set list foi muito bem escolhido pela banda, que soube dosar as músicas do novo cd, escolhendo geralmente as mais animadas, com outras mais antigas, fazendo com que o ritmo do show não caísse em nenhum momento. Se por acaso Anthony quisesse descansar, era mais um pretexto para Chad e Flea começarem mais um improviso e manter a galera acesa.

Ao fim do show, fiquei fazendo inveja aos argentinos ao falar que iria para o Rock in Rio hehe, típica trollagem brasileira: D.

Enfim, sai do show em êxtase e doido para que o próximo sábado, dia 24 de setembro, chegasse e pudesse curtir aquela emoção com a galera setembrina, que testemunhou e agüentou por tantos anos meu fanatismo pela banda hehe.

Set-List:

1 –Monarchy of Roses
2 – Can’t Stop
3 – Charlie
4 – Otherside
5 – Look Around
6 – Dani California
7 – Under the Bridge
8 – Factory of Faith
9 – Bass Solo + Throw Away Your Television
10 – The Adventures of Rain Dance Maggie
11 – Right on Time
12 – Blood Sugar Sex Magic
13 – Higher Ground
14 – Californication
15 – By the Way
16 – Drum and percussion solo
17 – Dance, Dance, Dance
18 – Parallel Universe
19 – Give it Away

Um comentário:

Rafael K disse...

E aeeeee ma!!! Muito foda, é o tipo de coisa cara q simplesmente é foda, pra saber como é, só estando lá! Deve ser massa a sensação de sair de show e pensar, ainda vai ter mais! hehehe