quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Rush – Moving Pictures

Publicado originalmente no Delfos.



Para começar, o DELFOS se orgulha de ser um site parcialmente (se não completamente) nerd. Portanto, não poderia faltar a banda considerada mais nerd de todos os tempos: Rush. O renomado trio de atuais senhores canadenses é formado por Geddy Lee (baixo, vocais, tecladose gritos agudos), Alex Lifeson (guitarras e violões) e Neil Peart (bateria). Na ativa há mais de 40 anos, e com 19 álbuns de estúdio lançados, o Rush iniciou em junho de 2010 mais uma turnê, chamada TIME MACHINE TOUR. E, para comemorar, tocarão na íntegra o seu disco de 1981, o Moving Pictures. Qualquer relação entre esse disco, a resenha e a turnê não é mera coincidência.
Considerado por muitos a grande Obra-Prima Suprema do Rush, o oitavo disco do trio faz jus à fama. Gravado durante outubro e novembro de 1980, as músicas não se prendem à época de seu lançamento (às vezes, eu mesmo acredito que o disco foi lançado há duas semanas!). Nessa época, a banda já havia abandonado a ideia das composições mais longas, coisa que fizeram durante os álbuns Caress of Steel, 2112, A Farewell to Kings e Hemispheres, de 1975, 1976, 1977 e 1978, respectivamente. Mas quando digo composições mais longas, quero dizer faixas com mais de 15 minutos. A música 2112, por exemplo, tem 20 minutos e uns trocados (nada que assuste um fã incondicional). Porém, o Moving Pictures ainda possui a música The Camera Eye, com seus 11 minutos e muito Rock and Roll.
A banda, a partir do disco anterior, Permanent Waves, de 80, decidiu seguir uma linha de canções mais diretas, abandonando um pouco as composições complexas. Tais composições, por serem tão difíceis de serem gravadas, quase causaram uma ruptura na banda, coisa que você pode ver no recém-lançado Rush: Beyond the Lighted Stage, documentário supimpa sobre o trio. Lá, Neil Peart disse que esse disco, o Permanent Waves, teve influência do The Police, a banda inglesa do Sting.
Mas vamos voltar então ao Moving Pictures. O disco abre com a pancada sonora que é Tom Sawyer e, somente ela, já valeria o disco inteiro de muita banda por aí. Para terem composto um faixa como essa, os três garotos de Toronto abusaram da fama de virtuoses que vieram ganhando no passar dos anos. Só para constar, assista ao DVD Rush in Rio, show que a banda fez no Rio de Janeiro (dã) em 2002. Tom Sawyer abriu o show, acompanhada pelo coro de 40 mil brazucas que estiveram no Estádio Mário Filho (vulgo Maracanã) naquela noite. É de arrepiar.
Logo em seguida, surge em fade in, Red Barchetta, uma canção extremamente harmoniosa sobre um automóvel vermelho e muito veloz. Mais uma vez tomados pela inspiração divina, os meninos mostraram que não foram abençoados com suas capacidades musicais à toa. Dessa vez, destaco aqui o vocal de Geddy Lee. O cara simplesmente fez dessa musica um dos melhores momentos de sua voz.
Como sabemos (ou não) o Rush é chegado em músicas instrumentais. Ao longo de sua carreira foram oito canções instrumentais. Quase todas concorreram à época de seu lançamento ao Grammy de Melhor Performance de Rock Instrumental. E todas perderam.
Mas nenhuma perdeu de modo tão trágico como a terceira canção do Moving Pictures, YYZ. Na ocasião, a grande vitoriosa foi Behind My Camel, uma música do The Police e uma das mais entediantes que eu já ouvi. Ou seja, não dá para entender por que YYZ não levou essa. “Melhor assim”, disse Alex Lifeson certa vez, “se ganharmos um Grammy, nossa reputação vai por água abaixo”. Não sei se você sabe, caro leitor, mas o Rush se orgulha do seguinte paradoxo: a banda cult mais famosa de todos os tempos.
De tanto enrolar, me esqueci de falar sobre a bendita YYZ. Repleta de riffs, contratempos, paradinhas e mini-solos, a música é um colírio para os fãs de uma música (muito) bem tocada. É o Rush fazendo um som Rush o mais Rush possível. E que, aliás, foi a primeira música deles que eu ouvi há longos oito anos.
Limelight vem e mostra que o Rush também pode ser pop. Essa é uma das mais popularmente aceitas músicas da banda, com uma pegada bem hard e de uma linha melódica bastante agradável. Se você não pular, ou pelo menos sacudir a cabeça ao som do riff principal, você não é humano.
As quatro músicas citadas até agora fecham um ciclo. Atualmente, nenhuma delas fica de fora de um show dos caras, tamanha a importância do disco para a carreira dos vovôs canadenses. A próxima canção também é muito apreciada pelos fãs, especialmente agora que ela voltou aos shows depois de sabe-se lá quanto tempo. Acho que a última vez que ela esteve em um setlist foi na turnê do álbum Signals, de 1982. Estou falando da longa The Camera Eye.
Ela não é tão longa assim. Se você lembra bem, no começo da resenha eu disse que ela durava 11 minutos. Fichinha. Esses 11 minutos passam tão rápido que você nem percebe e logo está ouvindo a música outra vez. O instrumental impecável está aqui mais uma vez, as linhas harmônicas e melódicas são maravilhosas e não devem nada aos Beatles (não me apedrejem, por favor!), muito famosos também por sua habilidade em construir melodias bacanérrimas.
Agora, por fim, duas músicas nas quais eu não sou muito chegado: Witch Hunt e Vital Signs. Quando disse que não era chegado nelas, não quis dizer que são ruins. Muito pelo contrário, são músicas ótimas e bem cadenciadas. Vital Signs, por exemplo, tem uma cara de reggae impressionante, mas ela muda algumas vezes, tornando-a digna do Rush.

Bom acaba aqui a resenha do meu disco preferido do Rush. Espero poder vê-los tocando esse discão na íntegra no show que está para vir, nos dias oito e 10 de outubro, no Brasil. Se nada der errado, lá estarei eu, pulando feito um louco!

domingo, 26 de setembro de 2010

Listen to my music...

Fazer música sobre sci-fiction e ter fãs nerds é mera coincidência





Em dezembro de 2007, eu recebi uma ligação que me deixou com os olhos lacrimejantes: era o meu amigo Rafael Kbça dizendo que o Rush faria um show em Fortaleza. Tal informação não era oficial, mas era baseada em alguns sites que são fontes confiáveis. O show aconteceria em março de 2008.
Tal recepção emocionada não era apenas pela minha admiração ao Rush, mas também era pela sensação de que a nossa galera iria fazer parte de um universo que pareceria tão distante para nós. Além disso, 2007 tinha sido um ano escasso de shows na nossa capital e antes de 2008 os únicos shows que nós tínhamos no currículo eram eventos no Hey Ho (RIP), Shaman no Metrópole e Angra num breve show de Ceará Music. Diante disso, a expectativa por um show do Rush caiu como uma bomba na minha vida (no bom sentido) e acabei me tornando obcecado pelo assunto, mas o show nunca sairia da mera esperança e tal “cicatriz” ainda não tinha sarado por completo, apesar do sensacional ano de 2008.
Já no atual ano, 2010, me aparece um novo show do Rush, mas nada perto daqui, apenas no sudeste.  Eis que ressurge a chama da vontade de ver a banda, sonho esse que só vai ser realizado com a grande ajuda dos meus amigos Kássio e Kelvin. Ir sozinho era fora de cogitação.
Mas que admiração é essa que me faz ir para terra do Capitão Nascimento? Bem, lá vem mais uma história minha com alguma das minhas bandas favoritas que só meus amigos são capazes de suportar hehe.
Até 2004, eu nunca tinha escutado a banda. No entanto, já tinha ouvido falar sobre o Rush in Rio e tive a oportunidade de adquirir o cd da banda através de uma promoção do hiperbompreço. Logo quando apertei o play, fui apresentado ao som pulsante da banda e  o marcante baixo de Geddy Lee ( eu pensava: como esse cara é insano)
Nesse ponto cabe uma curiosidade. Apesar da minha condição de vocalista por acidente na nossa banda, meu sonho sempre foi ser baixista e escutar Rush alimentava meu sonho.
Não dá pra achar que vai aprender só assistindo :D

Apesar de conhecer a banda em 2004, a minha paixão pela banda se multiplicou no final de 2006. Naquela época, eu tinha acabado o terceiro ano e iria estudar num lugar diferente e sem a presença dos meus grandes amigos. Devido a todas essas mudanças, esse período foi de muita reflexão pra mim e embalado pelo som da banda. Ter o Rush como a trilha sonora desse momento na minha vida era algo certeiro. A banda contém profundidade, originalidade e uma extensa e profunda discografia. Cada dia eu escutava mais coisas da banda e ela fazia ainda mais parte da minha vida ( nesse ponto eu tenho que agradecer a internet banda larga hehe).
Dessa época em diante, o Rush foi galgado ao status de uma das minhas bandas favoritas e sua música tornou obrigatória na minha vida. A medida que fui escutando, fui me tornando admirador das letras da banda, que ficam a cargo de Peart, que são de muita qualidade, indo da ficção científica até reflexões sobre a vida. Tudo escrito por uma pessoa que passa muita experiência como Neil Peart.


Somando a tudo isso, ainda pesa para importância do show do próximo dia 10, o quão simbólico é o Brasil na história da banda. Mesmo ela não sendo uma das mais populares no nosso país, a passagem da banda em 2002 por nossas terras foi um verdadeiro sopro de vitalidade para o som deles. Eles perceberam como ainda poderiam existir lugares por quais eles nunca tinham passado e como nesses locais muitos fãs apaixonados esperam por eles. Daquela turnê em diante, a banda ganhou um novo ar pra continuar crescendo e a sua perseverança e crescimento constante fizeram com que eles derrubassem os mais insistentes críticos ao som deles.
Outro fator que admiro na banda é o fato de ela ter a mesma formação desde 1974, um exemplar raríssimo no mundo da música, o que reflete no entrosamento acima da média da banda. Ver dois amigos de colégio como Lee e Lifeson tocando junto desde 1968 é muito inspirador pra mim, principalmente por estar dentro de uma banda com os mesmo amigos.



A importância de uma banda como o Rush é visível e se fortalece a cada dia com o seu constante crescimento, unindo diferentes gerações de fãs. É curioso e bonito ver como as bandas da década de 70, surgidas num período onde a proposta do rock era tão sincera, que ainda estão na ativa e dando grandes lições de vitalidade e de que o rock se carrega na alma e não nas aparências.
Numa época em que a música mainstream brasileira vai se tornando cada vez mais descartável, é muito importante ter circulando por nossa terra banda como o Rush. Por isso dia 10 de outubro estarei lá pra ver a banda de perto, para com um enorme sorriso e os olhos brilhantes eu realizar um sonho, de poder estar num lugar que só era possível nos meus sonhos. And I will call they the working men.

domingo, 19 de setembro de 2010

A candidatura demagoga.

Confesso que antes dessa manhã de domingo, eu não tinha a intenção de usar o nosso espaço para abordar qualquer coisa relacionada as eleições de 2010. No entanto, existem situações que acabaram me motivando a escrever sobre algo que vem efetivamente me incomondando nesse processo eleitoral, algo que me afronta como cidadão e como estudante de direito. A propósito, para saber o erro do que eu vou falar aqui não precisa ser um mago do direito, basta um estudo breve e rápido para já pra notar o que tem de errado.

Mas vamos ao assunto....
Qualquer um que ande pela cidade e preste um pouco de atenção, já deve ter visto a propaganda do candidato à Deputado Estadual Silvio Frota, onde o mesmo coloca com letras garrafais: " BASTA,PENA DE MORTE JÁ!!!". O mesmo, pra tentar mostrar seu potencial argumentativo à la Sheldon Cooper, fez uma página de perguntas e respostas e vai derrubando uma a uma as perguntas de quem é contra pena de morte. Eis um mestre!!!

No entanto, o que é curioso, é que apesar de ser advogado, o candidato foge de todas as formas de argumentos jurídicos, baseando-se apenas na Bíblia. Por isso, venho aqui pra demonstrar uma a uma as falhas jurídicas de tal candidatura:

  • A Assembléia Legislativa estadual não pode criar novos crimes.
 O candidato em comento está pleiteando uma vaga de Deputado Estadual. Ocorre que a Consituição Federal determina que apenas congresso nacional, ou seja, o legislativo da esfera federal poderá editar leis que criam novos crimes. Vejamos:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

 Supondo, só para efeitos de argumentação, que fosse possível criar a pena de morte no Brasil, a sua criação não seria feita pela a assembléia estadual, mas apenas pelo congresso nacional. Logo, a proposta do candidato é incompatível com o cargo que irá pleitear.

  • A pena de morte não é possível no Brasil
A nossa Constituição não permite a aplicação de pena de morte, conforme o artigo 5º, XLVII, alínea a. A mesma norma faz uma única ressalva em casos de guerra declarada. Logo, não há possíbilidade alguma do candidato aprovar a pena de morte, seja ele deputado estadual, federal, senador, seja o que for. Enquanto a nossa Constituição for vigente, não será permitido sequer a deliberação do assunto dentro das casas legislativas, pois seria contrário ao artigo 5º, que é uma cláusula pétrea.

O mais cômico é que o candidato diz que vai viabilisar a pena de morte através da inicitiva popular, ou seja, o projeto de lei será criado por iniciativa dos cidadãos e não dos políticos. Então vamos supor novamente que seja possível criar a pena de morte no Brasil, a pergunta será: se é o povo que vai criar o projeto de lei, porque o candidato quer ser deputado? Qualquer cidadão pode iniciar um projeto de inicativa popular.

  • O Salário de deputado será todo doado ( proposta registrada em cartório)
Não há nenhuma proibição de que ele doe o seu salário, isso seria nobre. Agorar afirmar que registrou em cartório só pra dizer que vai cumprir, é uma falácia. Ora, o mandato político é livre, ou seja, não pode estar a vinculado a nenhum interesse ou registro. Logo, trata-se mais de uma proposta de impacto, porém infudada.
  • Resumindo....
O candiato é apenas mais um que faz promessas ao vento, sem qualquer noção de como efetiva-las. O pior que essas são propostas que se aproveitam do medo das pessoas da nossa sociedade em dias tão conturbados como esses. Infelizmente, Silvio Frota não é o único candidato que apresenta essas falhas. Se no caso dele eu posso criar um poste pra mostrar os seus equívocos, em outros nem um livro inteiro seria suficiente.

Apenas quero esclarecer que mostrar os erros do candidato não significa que eu não tenha qualquer tipo de solidariedade com as vítimas da violência. Também, não quero censurar aqueles que sejam a favor a pena da morte. O que a Constituição veda e o que eu defendi aqui é sobre a impossibilidade de criar uma lei com tal pena, mas isso não impedi as pessoas de manifestarem a sua opinião em favor de tal pena, tanto que o datena usa e abusa dela.


Thats all folks!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Scorpions is Ready to Rock!!



Caros leitores, tenho um imenso e majestoso prazer de lhes dar uma descrição do caminho que nos(Rafael(K) e o Italo) levou ao incrível show dos alemães da banda Scorpions!!!
Mas vamos segurar a emoção para o momento ccorreto.

Já no ônibus da caravana (que deixo aqui registrado que gostei muito da organização, valeu Frabrício :p) dava pra ver o clima de animação do pessoal. Fomos até João Pessoa escutando varias bandas desde a própria Scorpions, a Anthrax. O Italo vinha já de outra viagem, então pra ele a ida foi a chance de descansar e pra estar 100% para o show. Mas pulando as 12 horas de viagem, as paradas no caminho para comer e esticar as pernas, O Madalena (será que ele achou o celular? heheh..), o vinho e tudo o mais.. Chegamos em João Pessoa!

Então la estavamos nós no Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), pegamos nosso ingresso e então faltavam apenas.... uma tarde toda ¬¬ :p
Mas aqui entra a experiência adquirida no show do Iron, não ficamos la na fila, ao sol, esperando os portões abrirem. Depois de passear pelos arredores, procuramos uma boa sombra, e lá ficamos se aproximar a hora do show. Deste modo não estando um caco quando os portões abriram :D. Outra aprendizado, a alimentação: No show do Iron, onde eu e o Harley simplismente acabamos por não almoçar, enquanto o Italo, Kássio e Kelvin comeram uma refeição não muito agradável, desta vez eu e o Italo fomos almoçar algo de verdade (apesar de estar em preço pra turista ¬¬), mas que se mostrou uma boa escolha ao longo do dia.

Eis que se abrem os portões! O que você imagina que acontecerá agora? Pessoas correndo, se empurrando, derrubando portões e quebrando as pernas dos outros em dois locais diferentes? Nada disso meu caro padawan! A fila andou numa boa, um exemplo de auto organização. Não foi uma fila formada pelo evento, foi o próprio público que a fez e a respeitou!

Enfim entramos! Como faz muito tempo que eu não entro em um estádio (e nunca foi pra entrar no gramado) foi uma sensação bem legal aquela de sair dos corredores e ver que estava entrando no estádio e vendo as arquibancadas ao redor. O local é bem espaçoso, e o chão estava coberto por um "chão de borracha" (eu achei confortável :p) para não machucar o gramado.
A Pista Premium valia muito a pena (apesar de eu ser contra a segreção da premium). Ela lhe deixava muito perto do palco (aos dois palcos) e era bem ampla.

Enfim, você talvez já esteja ae pensando "Esse cara não vai falar da música? Eu quero é Rock!!". E eu respondo: Chegou a hora, meu caro. De início, foi ao palco a banda Sonzera Band, que apresentou um rock com ritmos regionais bem interessante. Pena que foram apenas 3 músicas, o que eu não entendi a causa. Já que, depois deles, houve um longo tempo sem nenhuma banda tocar ( a não ser os roadies do scorpions fazendo sua mini apresentação hehe..). O que resultou, devido ao atraso, a impossibilidade da apresentação da Unidade Móvel e a esperada Shock, que apareceu ao palco apenas para se despedir (ficou para tocar no outro dia), e foi bem aplaudida quando apareceu. Ainda no palco secundário, tocou a banda Cachorro Grande. No geral eu diria que fiquei decepcionado com a banda. De início estava achando divertido, até mais pelo público mesmo. Mas depois, quando eu e o Italoestavamos frente ao palco do Scorpions, os caras do Cachorro Grande ainda soltaram suas alfinetadas nos caras do Scorpions. Receberam lá suas vaias.

Mas e agora chega o mais esperado momento de toda essa viagem, sobem ao palco Klaus Meine, Rudolf Schneker, Matthias Jabs, James Kottak e Paweł Mąciwoda!!!
A primeira sensação que me passou pela mente foi algo que eu posso tentar descrever como "Caramba, ali estão eles! Eu vi tanto DVD e cover desses caras, e eles tão aqui agora, caramba, to vendo o show deles!!!". E pra começar levantando ainda mais o pessoal vem Sting in the Tail ("Bang bang, rock with the gang!"), seguindo com a bela Make it Real (que tem uma bela letra!) e que já me deixou rouco na segunda música da noite hehehe... mas foi bem apropriado o refrão da música para a noite " Make it Real no Fantasy!!"

E os clássicos também teriam seus locais na noite é claro. O primeiro foi Bad Boys Running Wild acompanhada por The Zoo!! Rapaz, não é uma tarefa fácil descrever como foi cantar essas músicas no show heheheh... E o Matthias ainda fez o tal solo com a boca, usando aquele instrumento que eu não lembro o nome, que desde pivete eu achava muito massa hehehehehe...

Não vou aqui falar de todas as músicas no texto ( set list está no final). Passando aqui para alguns momentos especiais. Como se não bastasse a atuação impecável da banda, o tempo ainda deixou o espetáculo mais belo! No momento em que Rudolf e Matthias pegaram seus violões, e foram com a banda para a parte mais a frente do palco, para começar a cantar Send me An Angel, Holiday e Wind of Change ( acompanhadas nota a nota pelo público), começa uma chuva na medida perfeita, deixando a cena gravada na memória!

Logo depois veio outra música que eu gosto bastante, Tease me Please me ("Before i have to go!" :p). E quanto ao solo de baterria do Herr Kottak, até gostaria que o Italo completasse o comentário, principalmente em relação a esse trecho. Mas posso dizer que foi incrivelmente criativo, nada de um solo para dar sono, nem mesmo naqueles mais radicais contra solos de bateria. Fizeram algo, que eu achei genial. Ao fundo do palco, nos telões (tinham três telões no palco!) ia passando, ao longo do solo, uma espécie de curta metragem protagonizado por Kottak ( que ainda arriscou um português com frases como "Vocês são foda!" ), e que tinha uma sincronia linda com o solo em si (inclusive na hora de dar uma parada pra tomar uma cerveja hehehe...). E no curta, as cenas iam terminando na capa dos álbuns!!! Vamos acumulando idéias assim para preparar o solo de bateria da ToS heheh...

E ao fim do solo, o que vem?? BLACKOUT! Nesse momento entra ao palco Rudolf com um curativo na cabeça e um bigodão, ficando semelhante ao indivíduo na capa do álbum homônimo. Pouco depois ainda veio Big City Nights, e no telão passando "João Pessoa" em meio as imagens de luzes da noite nas cidades do mundo :p

E então eles sairam do palco... mas eu, você e o seu zé sabiam que não tinha acabado, não é? Aproveito essa parada para comentar um detalhe que deixei passar. A diversão de Klaus nos momentos de solos era ficar jogando baquetas. Sério, perdi a conta de quantas baquetas foram lançadas, so que nenhuma chegou perto de onde eu estava ¬¬

E voltando ao palco, já batia agora aquela sensação de ta chegando no fim, e apesar de cansado, não estava tanto quanto no show do Iron, em parte devido aos aprendizados adquiridos nesse mesmo show :D

A banda volta ao palco com No One Like You , agora com a participação de Andreas Kisser (Que arrebentou :P)!!. E seguindo por uma das mais esperadas da noite, por que o Scorpions faz melhor é justamente Rock You Like a Hurricane!!!!!! Ae qualquer energia vital que seu corpo tenha, essa é a hora de usar hehehhe... e acredito que foi nesta canção que eles fizeram algo que eu o Italo tinhamos conversado que eles provavelmente não conseguiriam mais fazer, que era a piramide humana formada por Rudolf e Matthias na base e Klaus sobre as pernas deles. Fizeram, sem problemas, os caras estão muito bem hehehe

E assim chegou ao fim esta belíssima noite, que me fez tão bem, e a muitos outros também, acredito. Com mais uma chuva de baquetas palhetas e toalhas, despedidas la se foram eles, levar sua música, energia e alegria a outros cantos do mundo. E deixando para trás além de tudo que já foi citado, inspiração!






Set List Scorpions :
1. Sting In The Tail
2. Make It Real
3. Bad Boys Running Wild
4. The Zoo
5. Coast To Coast
6. Loving You Sunday Morning
7. The Best Is Yet To Come
8. Send Me An Angel
9. Holiday
10. Wind Of Change
11. Tease Me Please Me
12. Dynamite
13. Kottak Attack
14. Blackout
15. Six String Sting
16. Big City Nights
Bis
17. No One Like You
18. Rock You Like A Hurricane

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dream Theater: Mike Portnoy anuncia saída da banda

Eu já me preparava para dormir quando eu me deparo com tal notícia no whiplash:


O baterista e fundador do Dream Theater, Mike Portnoy, anunciou hoje, 8 de setembro de 2010, que deixou a banda. Na carta de Mike, que pode ser acessada em seu facebook, ele explica os motivos de sua saída, dizendo que está tendo mais diversão e melhores relações pessoais com os demais projetos, entre eles, o AVENGED SEVENFOLD, que tocará no SWU dia 11 de outubro em Itu / SP. Ele tentou dar um tempo com a banda, para retornar com as baterias recarregadas, mas os demais membros do Dream Theater  não compartilharam de seus sentimentos, o que causou o rompimento.

Leia a tradução do texto completo de Mike:

Estou prestes a escrever algo que nunca imaginei que fosse escrever:

Após 25 anos, decidi deixar o Dream Theater (banda que fundei, liderei e amei verdadeiramente por um quarto de século).

Para várias pessoas isto será um choque completo e também provavelmente será incompreendido por alguns, mas por favor acreditem que não é uma decisão impensada. É algo com o que vinha lutando desde mais ou menos o último ano.

Após ter experiências tão incríveis tocando com o Hail, Transatlantic e Avenged Sevenfold neste último ano, concluí tristemente que me divirto mais e me relaciono melhor com esses outros projetos do que tenho com o Dream Theater há algum tempo.

Por favor não me interpretem mal, amo os caras do DT de verdade e temos uma longa história de amizade que nos une profundamente. É que realmente acho que precisamos de uma pausa.

O Dream Theater sempre foi meu bebê e eu tomei conta desse bebê cada dia e momento da minha vida desde 1985 - 24 horas por dia, 365 dias por ano. Estar de férias com o DT não significa não ter responsabilidades (mesmo quando estávamos "parados")... sempre estive trabalhando e muito além do que a maioria das pessoas sãs fariam por uma banda.

Mas cheguei a conclusão de que a máquina DT estava começando a me desgastar e realmente precisava de uma pausa da banda com o intuito de salvar meu relacionamento com os outros membros e manter meu espírito do DT alimentado e inspirado.

Nós temos estado num ciclo de escrever/gravar/fazer turnês por quase 20 anos agora (em que eu tomei conta de CADA aspecto sem uma folga) e enquanto alguns meses têm sido muito necessários, eu honestamente esperava que o grupo pudesse simplesmente concordar comigo tendo uma espécie de "hiato" para recarregarmos nossas baterias e "salvar-me de nós mesmos".

Infelizmente, discutindo isto com os caras, eles determinaram que não compartilham dos meus sentimentos e decidiram continuar sem mim ao invés de dar um descanso. Eu até mesmo me ofereci para fazer alguns trabalhos ocasionais ao longo de 2011 (contra meus desejos iniciais), mas não era para ser...

Enquanto dói sinceramente para mim só de pensar em um Dream Theater sem Mike Portnoy (infernos, meu pai nomeou a banda!!), eu não quero ficar no caminho deles, então optei por me sacrificar e simplesmente deixar a banda para não segurá-los contra seus desejos...

Curiosamente, acabei de ler uma entrevista que dei recentemente em que me perguntaram sobre o futuro do DT e falei sobre "sempre seguir seu coração e ser fiel a si mesmo". Infelizmente, preciso dizer que neste momento em específico, meu coração não está com o Dream Theater... e eu simplesmente iria ignorar minhas emoções e NÃO seria fiel a mim mesmo se continuasse motivado por obrigação sem tirar as férias que eu senti que necessitava.

Desejo aos caras o melhor e espero que a música e o legado que criamos juntos seja curtido por fãs nas próximas décadas. Estou orgulhoso de cada álbum que fizemos, cada música que escrevemos e cada show que tocamos.

Sinto muito aos fãs do DT desapontados pelo mundo... eu realmente tentei salvar a situação e fazer funcionar. Eu realmente só queria uma pausa (não uma separação), mas felicidade não pode ser forçada e precisa vir de dentro.

Vocês, fãs do DT, são os maiores fãs do mundo e, como vocês todos sabem, sempre trabalhei duro por vocês e espero que continuem comigo na minha futura jornada musical, não importa aonde isso possa me levar - e como todos vocês conhecem minha ética de trabalho, com certeza não haverá escassez de projetos futuros do MP!

Infelizmente,

Seu destemido ex-líder e baterista,

Mike Portnoy

Olha galera, não sei nem por onde começar. Conforme o comunicado, Portnoy teve seus motivos, de fato uma banda grande consome muitas energias dos integrantes Outra banda que eu admiro, os Red Hot Chili Peppers ( esse é o momento que qualquer leitor que não me conhece pensa: what?) tem apenas três anos a mais que o DT e eles tiram férias periódicas para poderem respirar. Eu acho que o Portnoy queria algo dessa forma e nesse ponto eu até eu entendo. Só não consigo enteder por que caminhos as conversas entres os membros da banda desendou ao ponto de culminar na saída do Portnoy. Provavelmente os outros membros da banda tem suas razões para continuar a banda, pois são emocionalmente ligados a ela assim como Portnoy e ver a banda parar para ver o portnoy tocar com avanger sevenfold é, com respeito ao MP, decepcionante. Se fosse ao menos o transatlantic, banda que ele criou, mas preferir tocar no avanger e no hail é algo que me exige mais tolerancia do que compreensão. Só pra ilustrar, o David Elfeson capou o gato do Hail pra voltar para Megadeath e eu acho que o Andreas faria a mesma coisa pelo Sepultura. Diabos, o Hail é uma banda de cover. Já no avanger sevenfold, o MP é constantemente criticados pelos fãs que não esquecem o falecido baterista e não prestam na atenção do MP.

Enfim, eu acho que esse não é caminho sem volta. A saudade vai ser recíproca (assim espero). Pode até ser uma piada que sabe ( já cai nessa em outras bandas que eu admiro). Além do mais, em breve teremos noticias de fãs do DT se matando hehe o que  pressionará a volta do cara.

Obs: Dt sem portnoy = Rush sem Niel Peart = Angra sem Rafael Bittencourt = Black Sabbath sem Tommy Iomi e por ai vai. Não se trata de um mero integrante, mas a da cara da banda.

Obs2: Só avisando para os Sr. Petrucci e o Sr. Myung que a multa recisória do Italo para sair da nossa banda está estimada em 500 milhões de reais, devendo uma garantia de 10% ser depositada para que possa ser aberta as negociações..


sábado, 4 de setembro de 2010

De Theater of Salvation à Freak Show. 5 anos do blog.

O tempo definitivamente vôa. Passa tão rápido que coisas que nós imaginavamos como algo grandioso viram realidade com uma naturalidade que até a impressiona. Só para ilustrar, posso citar dois exemplos. Primeiramente, posso citar a banda da nossa galera. Mês que vem vamos completar um ano de banda e mal podiamos imaginar que já teríamos duas músicas feitas e outras tantas já em andamento. Para qualquer outra banda isso seria nada demais, mas para nossa é. Tocamos a banda para frente em meio a nossa vida lotada de obrigações. Quando começamos, o nosso baterista tinha pegado poucas vezes na bateria (confiavamos no seu talento e ele tem provando isso), três guitarristas, nenhum baixista e o vocalista mais perdido do que cego em tiroteiro. Mas isso é história para outro poste.

O segundo exemplo pode ser o blog. Quando criei essa página, não imaginei que ele chegaria aos 5 anos de existência e teria mais de 470 postagens. Nesses cinco anos, o nosso blog passou por tudo. Mudanças no conteúdo dos textos, mudanças no layout e por fim a mudança de nome. Navegando pelos arquivos do nosso blog, nos deparamos com resenhas de shows, postagens de aniversário, diários da tabuba ou simplesmente divagações sobre a vida. Algo simples, feito especialmente para preservarmos a nossa memória em relação ao que vivemos e o que gostamos.

Boa parte do conteúdo da nossa página é direcionada para nós mesmos. Postamos muito sobre as nossas vidas. Eventualmente, um navegante poderá descobrir um poste, principalemente de 2008 para cá, falando sobre coisas mais comuns, principalmente sobre música, em especial a cena local.

Quero agradecer a todos da galera que foram personagens nos nossos textos. Indiretamente todos nós escrevemos esse blog por esses cinco anos ao compartilhar muitas experiências de vida que só fizeram sentido por que estivemos com as pessoas certas. Grandes amigos e grandes irmãos. Sei que nem todos se interessam por navegar nessas páginas e nem os condeno, apenas faço a seguinte sugestão: se por acaso numa tarde de fds tediosa, vc estiver sem o que fazer e desejar refrescar a memória, este é o lugar!