Os dois lados da mesma moeda.

Em setembro de 2007, foram lançado dois cds de grandes nomes do metal nacional: André Matos e Shaman. E venho aqui fazer uma breve analise das expectativas sobre ambos trabalhos.

No segundo semestre de 2006, vem a noticia que o Shaaman se dissolvia. A banda que era formada por três dos cinco membros da era clássica do Angra agora não trabalhariam mais juntos. No entanto, uma semana depois, André Matos faz um show surpresa no Live and Louder ( ou alguma coisa do tipo), com a participação de Hugo e Luís Mariute, guitarrista e baixista respectivamente, que integravam o Shaaman. Foi ai que veio à tona que o problema era da banda com o Confessori. Dias depois, o mesmo solta uma nota dizendo que pretende dar continuidade ao trabalho do Shaman. Se deixarmos a tendência de sempre interpretar as coisas com uma visão do bem e do mal, podemos ver que houve problemas e que o certo e o errado nessa história é relativo e irrelevante.

Agora, um ano depois, já podemos ver o que cada banda pretende fazer.

• André Matos

Há 20 anos, esse grande vocalista surgia para o público metálico brasileiro, com a a sua primeira grande banda de melódico, o Viper. Mas foi a partir de 92, com o Angra, que a coisa estourou. Foram quase 8 anos de grande reconhecimento, o suficiente para elevar a popularidade e reconhecimento do vocalista. Mostrando-se sempre carismático durante os shows e muita competência, André tem o seu nome como um dos mais conhecidos dentro do mundo metálico nacional, ao lado do kiko loureiro, Max e Igor Cavallera e Andreas Kisser como os mais populares. No âmbito internacional, ele participou de inúmeros trabalhos e fez grandes amizades. É com esse currículo e grande talento, que André Matos parte para destronar o Angra como a banda de metal, excetuando é claro o Sepultura ( o sucesso alcançado por eles até 96, gostando ou não deles, ainda é algo bem além do que as outras conseguiram fazer, mas eles crescem cada vez menos), como a banda mais popular do país. E ele pode!
O seu cd solo, Time to be Free, é uma grande produção para os padrões nacionais, estúdio do Sasha Paeth, produção do Sasha com o Roy Z, orquestrações no Abbey Road. Um investimento pesado, bons músicos e muito talento. Essas são as suas armas pra de fato deslanchar, sem as amarras de ninguém.

• Shaman

Ricardo Confessori decidiu continuar o Shaman, certo ou errado? Cada pode fazer o seu próprio julgamento. Mas se em 2000, o Shaman representava a banda dos "rebelados", em 2007, ela ainda representa a banda do "rebelado". Ricardo encontrou-se numa arriscada, há dez anos ele tocava em banda que estavam no topo, e agora? como seria? Continuar com o nome foi uma boa solução. Mas não só isso ele se ligava. No Shaman, ele deixou de ser ofuscado por tantos nomes como era no Angra, e compôs o hino da banda com os fans, a for tomorrow. Deixa essa bandar desaparecer não seria fácil pra ricardo, tamo no aspecto pessoal como no profissional. Por isso, ele uniu forças com o produtor e vocalista, Tiago Biachi, uma das figuras mais populares dos bastidores do heavy brasileiro, seja produzindo ou cedendo estúdios para as bandas gravarem. Logo eles encontraram, através de uma seleção, os outros dois integrantes. O Léo Mancine, guitarrista, conhecido da cena paulista com grande guitarrista e compositor, além de produzir muitas bandas. Pra finalizar, eles encontram o fumaça, um jovem baixista, fan declarado de Angra, de Shaman, de André Matos hauhua. O cara é uma projeção dos headbangers. Foi assim que eles se trancaram num estúdio e gravaram o disco, que pretende ressuscitar o Shaman, denominado Immortal. Com um orçamento bem humilde, o objetivo deles é ter o respeito por parte dos fans do antigo Shaman.


É assim, caminhando de maneiras diferentes, que esses dois nomes vão continuar. Na minha opinião,não há competição! Torcer pelas duas, é o melhor para o metal nacional.