No segundo semestre de 2006, Edu Falaschi resolve lançar seu primeiro cd solo. Logo na fase mais difícil da sua carreira desde que entrou no Angra. Críticas não lhe faltavam! De fato, ele dava alguns motivos. Após duas turnês muito difíceis, a rebirth e temple of shadows, a voz do coitado foi pro beleleu. E não era a tôa. Na primeira, tinha que cantar clássicos da era de André Matos, um grande vocalista com um estilo bem diferente do dele ( já é difícil pra que é do mesmo estilo), em metade do show. Na segunda, ele ainda cantava os clássicos da era do André e fazia as difíceis linha de vocal do cd templário da banda. Quem escuta o cd, vê o trabalho de primeira linha, mas logo pensa, será que ele faz isso tudo ao vivo. Ai ele começou a desafinar geral, vários vídeos povoavam a internet com os seus erros. Logo muitos queriam ele fora da banda mais famosa do Brasil. Some isso tudo ao ritmo frenético que o Angra vive, shows por todo mundo, entrevistas, gravações. No entanto, ele não saiu. Tudo isso, porque mesmo com a má fase, a grande massa de fãns conquistada pelo novo Angra, o mantinha com créditos.
Foram nessas circunstâncias, que ele se mandou para um estúdio na Alemanha durante o inverno, período em que as bandas européias menos gostam de gravar, sendo assim mais barato o aluguel. Lançado o cd, a verdade é que o álbum caiu meio que no esquecimento por parte do público. O cd, intitulado Almah, possui bons momentos e momentos fracos. A irregularidade do álbum, pode ser justificada em parte por ele ter feito linhas acostumado em trabalhar com músicos brasileiros e gravando com estrangeiros. Diferença? O metal estrangeiro é mais rígido, estático que o nosso, não que seja pior, mas eles dão valor a funcionar como uma maquina.
Um ano após o lançamento do cd, ele anuncia uma turnê com seus amigos de angra, Felipe Andreoli, Aquiles Priester e Fábio Laguna, e Edu Arduany e depois Marcelo Barbosa na Guitarra. No deparando com um time tão renomado, pensei: " esses caras são talentosos e tem nome a zelar junto ao público metálico, não creio que eles arriscariam com músicas fracas". Foi por isso que muita gente resolveu dar uma nova chance ao álbum do da agora banda Almah. E por mais que ele ainda não seja um Holy Land nem um Temple of Shadows, ele subiu uns pontinhos no conceito da galera.
Chegado o dia do Show, eu pra variar, passei o dia na rua antes de ir, como tínhamos feito em 2005 eu e o Italo e dessa vez que me acompanhava era o Kbça. Conversa vai, conversa vem, passamos na galeria e compramos o ingresso do Italo, e depois de tentar jogar bola no 7, partimos pra concentração lá na casa do Kássio, escutamos o cd várias vezes. Mais tarde, o Italo aparece e de lá, vamos de carona pro show. Nós, que pensávamos estar atrasados, ainda esperamos bemmmm muito hehehe. Lá encontramos o guitarrista da Oceânica, banda do nosso amigo Felipe, e numa breve conversa, deu tempo de ele chamar o kbça de guitarrisa kkkk. Depois de muito tempo, entramos, com sede metal, mas ainda esperamos muito. Na passagem de som, pra variar, o tecladista do Ark of Sin ainda tirou a introdução de teclado da música Inside, do Pain of Salvation. Iniciado o show, ali começava o primeiro show do Kassão, e logo com uma banda de death melódico. Os caras do Ark fizeram uma apresentação bem enérgica, pra compensar o fraco sistema de som que deixava o vocal e a guitarra base bem baixo. Mas não importa eles tocaram the martyr e fearless, além da já conhecida betrayed ... Dead. Ainda tocaram Wrathchild do Iron, pra deixa todo mundo rouco.
Depois deles, para a nossa surpresa, veio logo o Almah. A entrada foi épica, com um incrível coro de AQUILESSS...AQUILESSS. Foi quando os primeiros acordes de King surgiram, parece que existia uma energia atrativa no palco e uma multidão se aglomerava frente ao palco. Quando King deslanchou, td mundo saiu demonstrando insanamente alguma forma de liberar enegia. A bateria e o baixo batiam nos nossos ouvidos com toda força. Lá está Falaschito, com uma grande responsabilidade. O seu vocal está baixo devido ao som ,assim como a guitarra, mas era o suficiente para escutar a sua insana linha de vocal que enlouquece muita gente. No refrão, as pessoas gritavam enlouquecidas I am the king. Falar o que dessa música, não existe muita técnica, mas uma perfeita fusão entre letra e vocal. Falaschi bota pra fora toda angustia de tantas críticas.
Drowned by the fury
Of the evolution times
You lose all
Lose your reputation
For the glory
Controlled by the force
Of alienation you say...
Depois vem a boa Break All The Welds, com uma boa batida de Hard. Nessa música, felipe e aquiles chovem no molhado, fazem uma base de fazer pular qualquer amante dos graves. PQP man, tocam demais esses dois. Oh! Deprivation of sight, Thoughts are free as the wind, canta Edu contra os formadores de opinião. Depois vem Take Back Your Sepell. Essas músicas mostram o estado de espirito do Edu ao compor as músicas. Não estávamos diante da melhor música, mas de um show singular em que um vocalista tenta recuperar respeito e que pra isso conta com a ajuda de grandes músicos. Depois vem Hereos of Sand. Vocal e guitarra baixo. Música condenada? Em parte, pq os solos são brilhantes. Mas a galera não liga, deixa que a gente canta. E lá vai a balada levada por centenas de vocalistas cearenses. O show estava demais. E continuou com Golden Empire, com a galera meio morgada, apesar de uma música legal, mas devido a intensidade inicial resolvemos nos poupar. Ai vem uma sequencia que eu não sei bem a ordem direito, Forgoten Land, prejudicada pela guitarra baixa. Scary Zone, muito bem executada, uma levada muito interessante, com solos de teclado,baixo e guitarra. Breath vem pra suavizar os animos. Também tivemos duas convers, Never Die do Malmsteen e Simphony of Destruction do Megadeath. Ainda tivemos ótimos solos. Como o do aquiles que fez a galera babar com tanta técnica e vitalidade. O interativo solo do Felipe, empolgando a galera. Os progressivos solo do Marcelo, e do Laguna, que me lembrou Rick Wakeman na sua fase yes ( não estou dizendo que laguna é o novo wakeman, só tô dizendo que me lembrou. Como fase uma música fazer a galera a tirar energia de onde não tem? É Course of Nature. Puta música, com destaque pra baixo e bateria afiados. E a galera acompanhando enlouquecida. Por fim, pra fechar, um dos grandes clássicos do Heavy Metal Brasileiro, Nova Era!!!!
Depois do grande show do Almah, o kbça comprou o cd do Ark of Sin. Uma compilação que trás as suas demos juntas,
"Fearless" (2004) e
"Where Evil Lies" (2002).
Com a demo na mão, ele curtiu o show da Samhainfall, e do sempre divertido bucho do metal, Rafael, um dos grandes vocais da cena local. O show foi muito bom, e a banda não se poupou, mesmo tendo dois show hoje, um no panela do rock e no aniversário da oráculo. O show deles contou ainda com a participação de um fan chato da banda, que até eles mesmo dispensaram. O cara fazia muito barulho. Um belo show, Rafael fez bonito, esculhambou todo mundo e cantou bem. Boa banda local, certeza de um bom show aqui em Fortaleza.
http://www.myspace.com/arkofsin
http://www.myspace.com/almahedufalaschi
http://www.myspace.com/samhainfall