quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

21/12

glr,mais uma vez eu recorro a falação de merda para poder tirar um pouco do mofo do blog e tb pra registrar algumas coisas q aconteceram.
Pra começar vou registrar uma coisa mto boa?finalmente 100% da galera estão de férias.Não há mais provas de vestibular pelas bandas do nosso Ceará.Bem,dps desse ano tão diferente q serviu como preparatorio para a nossa vida pós-colegio temos as expectavivas da aprovação dos meninos da exatas na ufc e do leandro e do kassio para a unifor.Tumare q eles passem.Enquanto os resultados não saem a maior parte da galera esta curtindo as férias básicas e possivelmente voltaremos a sair dps das festas de fim de ano.
Isso é td q eu tenho a dizer,espere q o povo dê sinal de vida e de preferencia no blog hehe.Kassio e Leandro...por onde vcs andam????
hj nã tenho mto o q enrolar,por isso eu deixo com vc os prefácios da música 2112 escrita por neil peart e adptado por geofe barton q faz parte do tourbook da banda da turne 2112 de 76:

E os Sacerdotes dos Templos de Syrinx estavam preocupados. Por longos anos governaram o mundo de dentro de seus Templos enormes, imponentes, cercados por muros cinzas impenetráveis; por longos anos encorajaram uma sociedade igual, uniforme, “satisfeita”; regularam e controlaram as ações de seus súditos; por longos anos presidiram um planeta arrumado, organizado; enfatizaram a importância da Irmandade dos Homens enquanto suprimiam os direitos individuais, o talento individual. Mas agora no ano de 2112, estavam preocupados. No sombrio, depressivo hall de conferência no maior Templo, na maior cidade da Federação, os Sacerdotes-mor de todo o globo reuniram-se para discutir o problema que estava atormentando-os. Em torno de uma mesa feita de pedra plana, sentaram-se, cada um trajando becas brutas, funcionais, rusticamente costuradas, capuzes cobrindo suas cabeças, sombreando seus rostos, seus braços cruzados dentro de vastas, ondulantes mangas. Padre Brown foi o primeiro a falar: “Então a profecia está tornando-se realidade”. Sua voz estava em um tom sem vida e lento que ecoou ao redor das sólidas e despidas paredes de granito do hall. Os outros murmuraram em aprovação: “O que podemos fazer?”. Um sinal de desespero entremeando frases vazias e sem expressão.
“Armem os guardas. Mandem-nos atirar nos causadores de problemas”, veio uma voz. “Drástico demais”, “Cerquem os cabeças na calada da noite. Façam-nos – bem, ahn – sumirem misteriosamente”. “Não funcionaria. Outros assumiriam seus lugares. Ainda teríamos uma rebelião em nossas mãos”. “Então consultem o computador”.
Silêncio no hall. Os Sacerdotes tinham uma desconfiança inata nas máquinas, especialmente nas de tanta complexidade como os computadores – eles, afinal de contas, trouxeram a ruína do tão falado Povo Destinado, uma era anterior. Mas relutantemente, Padre Brown concordou. Era a única coisa a fazer. Ele ergueu-se de sua cadeira e começou a andar sem pressa para um canto do hall gigantesco, onde um trambolho velho e esquecido permanecia dormente. Os outros Sacerdotes seguiram-no. Tirando a poeira dos séculos com uma espanada de sua manga volumosa, Padre Brown inclinou sua cabeça para olhar firmemente para um painel de controle decepcionantemente simples, uma dispersão de botões brilhantemente coloridos e alavancas, cores ofensivas aos seus olhos, acostumados como estavam a fixarem-se apenas em cinza e mais cinza.
Cuidadosamente, com seu dedo nodoso tremendo quase imperceptivelmente, Padre Brown ligou a máquina. Uma breve – embora, para os Sacerdotes, interminável – pausa, um click metálico, um zumbido eletrônico, e o computador voltou à vida. Isto não veio como surpresa para Padre Brown – a máquina tinha sido revisada regularmente durante tanto tempo quanto ele poderia lembrar-se, a eventualidade dos Sacerdotes usarem-na mais uma vez havia sido prevista uma era atrás.
Deliberadamente, Padre Brown digitou uma pergunta.
Quase imediatamente – e numa voz ainda mais descaracterizada e zumbida do que a de Padre Brown – o computador pronunciou sua resposta.
“Rush. Formado em Toronto, fim do século XX. Alex Lifeson (guitarra), Geddy Lee (baixo, vocais), John Rutsey (bateria)”.
Padre Brown encolheu-se com a menção da guitarra. A descoberta de tal instrumento tinha começado todo este assunto angustiante – um assunto que cresceu desde então como uma bola de neve até uma crise social imensa.
“Primeiro álbum intitulado apenas Rush”, a máquina continuou, vasculhando profundamente seu banco de dados. “Contém números simples, diretos de heavy rock. Nenhuma evidência das futuras inclinações musicais do grupo. Primeiramente lançado no próprio selo do Rush, Moon Records. Depois a Mercury o disponibilizou mundialmente”.
Muitos dos termos usados pelo computador não eram familiares aos Sacerdotes, mas apesar disto ouviam atentamente.
“Lançamento do segundo álbum, Fly By Night, viu a chegada do novo baterista Neil Peart, originador da crise atual”.
Coletivamente, os Sacerdotes prenderam a respiração.
“As inclinações líricas de Peart foram bem exemplificadas no segundo álbum, no número By-Tor And The Snow Dog. Um imaginário conto de fantasia científica transformado em música, Lee encenava o papel de By-Tor, Lifeson o de Snow Dog. Batalhas seguiriam-se freqüentemente. Música no Fly By Night impressionante em sua profundidade e engajamento.
Terceiro LP, Caress Of Steel, levou as idéias adiante, continha canção chamada The Necromancer, orientada pela espada e feitiçaria. Também continha magnum opus The Fountain Of Lamneth, canção construída em torno da história sobre a busca da fonte de juventude. Ambas atuaram como amostras para o próximo álbum, próxima tour-de-force , próxima peça de resistência – “
Os Sacerdotes sabiam a relevância deste termo particular.
“- 2112”.
“Pare aí”, comandou Padre Brown. Ele virou-se para seus companheiros Sacerdotes, seu rosto – ou o que era visível de dentro de sua carapuça escura – com linhas de desespero. “2112”, ele repetiu, “como eles poderiam ter o dom para prever....?” Sua voz travou.
“Por favor, Padre Brown”, proferiu outro Sacerdote, “posso respeitosamente sugerir que cessemos de preocupar-nos com como e lidemos com assuntos mais urgentes, assuntos mais à mão? Afinal de contas, a multidão lá fora...”
“Sim, também posso ouvi-la”, interferiu Padre Brown impacientemente. E então em tons mais calmos: “Mas você está certo, claro. Continue computador”.
“2112. Impressionante e precisa profecia da sociedade presente. Detalhes colocam os Sacerdotes dos Templos de Syrinx em termos desagradáveis, afirma que a Federação “arrasou” o espírito do homem, reclama a necessidade do individualismo, menciona abandono da Terra, pela elite do Povo Destinado, para outros planetas, prediz a descoberta da guitarra e sua subseqüente rejeição...”
A mente de Padre Brown voltou-se para aqueles acontecimentos de poucos meses atrás. Ah, como ele arrepende-se do dia em que destruiu aquele instrumento, o fez em pedaços sob seus pés, ao mesmo tempo comandando a seu dono “pense como a maioria das pessoas” em termos nada incertos.
Padre Brown pensou que o espírito do homem estava destruído. A última notícia que ouviu era de que ele tinha retirado-se para as cavernas sob a cidade da Federação, retirou-se passando seus dias sozinho e distante, enquanto a sociedade que os Sacerdotes tinham criado continuava inexoravelmente, acima dele, funcionando perfeitamente, encantadora em sua total uniformidade.
Mas não. De alguma forma, a história do instrumento – como foi capaz de criar sons melódicos há tanto esquecidos, há tanto sufocados, há tanto aplacados – atingiu o povo no mundo exterior. Padre Brown podia ver agora, com os benefícios da retrospectiva. Ele podia ver como aquele minúsculo, irrelevante evento do espatifamento da guitarra funcionara como uma alavanca que desenraizou as fundações cuidadosamente plantadas do mundo desanimado e monótono dos Sacerdotes.
As pessoas tinham acordado novamente de repente, tinham percebido que havia mais na vida do que trabalhar e dormir – e o caos se seguiu. Ao seu redor, o mundo dos Sacerdotes tinha começado a ruir.
Sem consciência dos pensamentos de Padre Brown, indiferente à seriedade da situação, o computador prosseguiu.
“...os Sacerdotes do Templo de Syrinx tiveram conhecimento da existência de 2112 por algum tempo. Contudo, até recentemente, estiveram cegos às suas implicações - -“
“Pare, computador”.
Padre Brown virou-se para olhar para os outros Sacerdotes reunidos ao seu redor. Todos estavam em silêncio. Não havia muito mais para ser dito. Eles perceberam que o colapso de sua sociedade cuidadosamente estruturada estava próximo. Eles sabiam que a destruição do trabalho duro de séculos era iminente. E tudo por causa de um momento de loucura, a quebra da guitarra em pedaços, “um brinquedo que ajudou a destruir a raça anciã dos homens”.
Desligando o computador, Padre Brown e o resto dos Sacerdotes voltaram aos seus assentos na mesa de pedra para meditar. Agora, eles tinham resignado-se ao fato de que nada – mas nada – poderia ser feito.
Quando a multidão finalmente arrombou o hall de conferência, os Sacerdotes ainda estavam em meditação. Os revoltosos insensatos precipitaram-se sobre seus governantes de outrora sem misericórdia, implacavelmente separando-os pelas mãos, rendendo-os um por um, a cobiça pelo sangue em sua recém-descoberta liberdade. Os Sacerdotes não lutaram. Eles tinham aceitado seu destino.
Padre Brown foi o último a morrer, espancado sem vida enquanto murmurava suas últimas palavras:
“Rush. Deve ter sido uma banda do inferno”.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pois é ,ferias para todos,nao há mais nada q se possa fazer,agora e so curtir!!
E outra coisa,vamo rachar la no condominio do Gustavo semana q vem galera,quero ir rachar antes de viajar,bora la galera,sair de casa!

Mudando de assunto,eu nao tinha lido esse texto ae sobre a 2112,ta muito massa ,Peart e o cara!!

Anônimo disse...

ferias, merecidas ferias...
tres meses fazendo absolutamente nada, oq mais a gente pode querer da vida?? hehe

Muito massa o texto, o Neil Peart eh um dos maiores poetas q eu ja vi (alem d ser o mestre da bateria)