domingo, 14 de abril de 2013

TUF EUA x TUF Brasil

Ontem foi a grande final do The Ultimate Fighter 17, em Las Vegas, Estados Unidos. Depois de tantas edições na terra do tio sam e uma no nosso Brasil, pela primeira vez parei pra assistir uma temporada, muito pra ver se o Sonnen continuaria fazendo provocações na cara do Jon Jones.

Team Sonnen ganhou mais lutas no geral e fez a grande final, porém o coach não deve ter a mesma sorte semana que vem.


Temporada assistida e uma conclusão ficou bem clara: como um programa de televisão, a versão americana é bem superior! Que fique claro que não estou julgando a técnica dos atletas envolvidos, pois não entendo muito do negócio, mas a superioridade do programa é flagrante. 

A versão americana foi melhor filmada e editada, explorando muito a história dos lutadores, os treineinamentos, os abalos psicológicos devido ao confinamento e ao número de lutas em pouco tempo. Tudo isso ajudou bastante a criar uma identificação com os lutadores. Acompanhar a obstinação de Hall, o azarão Gastelum, a tentativa de Bubba em recuperar sua auto-confiança como lutador, a forma como Dylan viu o técnico do Team Jones como um pai e etc. Tudo isso pode ser irrelevante para a luta, ou não, mas funciona muito bem como um programa de televisão. Outra principal diferenças entre as versões era o foco na parte de treinamento. No TUF americano, podemos acompanhar e perceber as diferenças no camping das tuas equipes.

Tais qualidades são não notadas aqui no Brasil, o que se torna ainda mais ironico pois é feito com o aladeardo "padrão globo de qualidade". Em quatro episódios, vi mais trotes, declarações polêmcias e confusões do que em toda temporada norte americana. Alguns podem dizer que isso é parte do temperamento explosivo do lutador brasileiro, mas tudo poderia ser amenizado com uma edição melhor. O que vemos no TUF Brasil 2 é a globo transformar um bom reality show em uma versão de BBB com porrada. Não é a tôa que com um programa de baixa qualidade que temos, o TUF Brasil vem tendo a baixa audiência que vem sendo noticiada.

A respeito das críticas ao TUF Brasil, deixo uma declaração do Spider dado ao Sportv:

"Não é que elas não sabem; não estão tendo acesso à essência desse esporte, por conta de a gente, de repente, ter um TUF aqui no Brasil, em que podemos mostrar a essência da arte marcial, a essência do esporte, e acabam mostrando coisas que não têm muito sentido, que é neguinho esculhambando, quebrando coisa. Acho que isso foge um pouco do princípio da arte marcial, da filosofia do esporte."

Enfim, se até um lutador bem relacionado com a globo vê equivocos no TUF Brasil, é sinal de que tá na hora de repensar na forma como o programa é conduzido.

Obs: Durante o card do TUF Finale, houve uma luta feminina para definir quem seria uma das técnicas do TUF 18 e consequentemente a desafiante ao cinturão de Ronda Rousey. Até aqui foram duas lutas femininas no UFC e ambas foram ótimas de assistir. O nocaute de Cat Zingano foi show.

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