sábado, 27 de abril de 2013

Ah, você sabe

Próximo ao amanhecer primeiro dia que alcanço com idade de 24 anos. E aqui estou eu agora, resolvendo escrever. Tenho uma idéia, que não é la tão original, de que o aniversário funciona para mim como uma espécie de ano novo. É como começar um novo arco de um livro.
E primeiro penso que no último ano bastante coisa aconteceu, provavelmente muito mais em nível interno. Mas acho que tenho me questionado mais, procurado descobrir o que quero. Tentando manter a mente de forma criativa, o coração vivo e a alma sensitiva.
Por necessidade ou opção, procurando conviver mais com minha própria presença. Suportar estar eu comigo mesmo. Conquistado esse passo, e não necessariamente de forma sequencial, mas também paralela, saber estar com outras pessoas. Um processo que se inicia muito cedo e deve permanecer até bem tarde.
Pessoas novas surgiram, tocaram, emocionaram, acompanharam. Personagens conhecidos também estiveram aqui presente (ainda bem!!). Novos prazeres, novas descobertas. Velhos prazeres e velhas descobertas.
Segue um ano que pode ser muito, ou não. O que vai acontecer é o produto de cada dia, acredito eu. Então, sem promessas ou expectativas. Segue-se o ano seguinte. 

Texto completamente voltado ao que vos escreve não é algo que me atrai tanto, mas para esse, é assim que é.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Hall da Fama do Rock?



Desde que passei a acompanhar o rock de perto, me interessei bastante não apenas pela música, mas por quase tudo que envolve o estilo. Devido a isso passei a ler muitas notícias, matérias e biografias, tudo pra me interar o mais rápido possível sobre esse universo.

Uma das coisas que me chamou atenção no início foi a existência de um Hall da Fama do Rock, que nada mais é que uma espécie de museu que busca preservar a forte história do gênero. Porém, a medida que fui conhecendo as bandas clássicas e como elas influenciaram as bandas da posterioridade, pude ver algumas omissões absurdas cometida pela organização do museu, deixando de fora algumas bandas seminais para o rock enquanto prestigia alguns nomes bem contestáveis (Madona e alguns grupos de rap). Após visualizar essas contradições eu parei de pesquisar qualquer coisa sobre o referido o hall e a expressão “membro do hall da fama” tornou-se pra mim de pouco valor.

Recentemente, o Hall da Fama nomeou algumas das minhas bandas favoritas como Metallica, Red Hot ChiliPeppers e Rush (esse no caso será induzido no dia 18 de abril de 2013). Apesar disso, mantenho a opinião que o hall comete sérios equívocos, por isso resolvi organizar esse top 5 de bandas que são esquecidas, lembrando que para ser indicado é necessário ter 25 anos de existência. Vale lembrar que a lista revela muito minha maneira de ver o estilo, não levando em conta exatamente a qualidade das bandas, mas o legado delas.

Menção honrosa: Kiss e Scorpions.

5º Lugar: Motorhead

Lemmy muito preocupado por não ser do Hall da Fama.

Embora eu ache os alemães do Scorpions mais talentosos, a verdade é que deixar Lemmy e Cia de fora do Hall da Fama é um absurdo pelo simples fato de quão influentes eles são. Na ativa desde a década de 70, a banda influenciou diretamente estilos como punk, hardcore e heavy metal, ou seja, boa parte do que dominou as décadas seguintes. Se não bastasse a influência musical, Lemmy Kilmister é um baita de um ícone para o rock.

4º Lugar: Iron Maiden
Só o Eddie é motivo suficiente para o Iron ser lembrado. :D


Uma das bandas mais influente do metal, o que já mostra como o estilo não tem espaço dentro do Museu. O Iron Maiden foi uma banda essencial para o resgate do rock que prima por mais técnica e composições mais complexas, uma vez que surgiu em pleno domínio do punk e da música dance. Se não bastasse isso, a banda tem uma discografia sólida e uma das maiores bases de fãs do mundo. Foi responsável também por passar por lugar que outras bandas sequer sonhavam na década de 80. Para os britânicos, fronteiras não foram problemas.

3º Lugar: Judas Priest



Outra banda de força no Metal, o Judas ajudou a delinear o que se tornaria o metal e o hard rock dos anos 80, sendo uma ponte entre os virtuoses da década de 70 e rápidas e pesadas bandas da década seguinte, influenciando inclusive Iron Maiden e Metallica. É sem dúvidas uma das grandes influências no metal. Altos e baixos fizeram parte da história da banda, mas eles se mantêm com força desde a década de 70.

2º Lugar: Yes

Steve Howe é a personificação da beleza rs.


A banda foi fundamental para trazer erudição e virtuose para o estilo. A música do Yes é uma clara prova de que níveis de musicalidade poderiam ser alcançados no estilo, sendo uma bandas mais influentes do rock progressivo dos anos 70. A sua não indicação se torna ainda mais injusta quando bandas contemporâneas como Pink Floyd e Genesis foram lembradas e ela se mantém esquecida.


1º Lugar: Deep Purple





Não é o Deep Purple que precisa do Hall da fama para ser reconhecido, mas é o Hall da Fama que precisa do Deep Purple para ser levado a sério. Os ingleses já têm 45 anos de estrada e fizeram álbuns memoráveis para a história do rock. Tem na bagagem, inclusive, o Concerto para Banda e Orquestra, rompendo a barreira entre o emergente rock e a música erudita. Influenciaram tanto o hardrock quanto metal que surgiram nos anos seguintes, sem contar a lista de integrantes e ex integrantes que é uma autêntica seleção do estilo.

domingo, 14 de abril de 2013

TUF EUA x TUF Brasil

Ontem foi a grande final do The Ultimate Fighter 17, em Las Vegas, Estados Unidos. Depois de tantas edições na terra do tio sam e uma no nosso Brasil, pela primeira vez parei pra assistir uma temporada, muito pra ver se o Sonnen continuaria fazendo provocações na cara do Jon Jones.

Team Sonnen ganhou mais lutas no geral e fez a grande final, porém o coach não deve ter a mesma sorte semana que vem.


Temporada assistida e uma conclusão ficou bem clara: como um programa de televisão, a versão americana é bem superior! Que fique claro que não estou julgando a técnica dos atletas envolvidos, pois não entendo muito do negócio, mas a superioridade do programa é flagrante. 

A versão americana foi melhor filmada e editada, explorando muito a história dos lutadores, os treineinamentos, os abalos psicológicos devido ao confinamento e ao número de lutas em pouco tempo. Tudo isso ajudou bastante a criar uma identificação com os lutadores. Acompanhar a obstinação de Hall, o azarão Gastelum, a tentativa de Bubba em recuperar sua auto-confiança como lutador, a forma como Dylan viu o técnico do Team Jones como um pai e etc. Tudo isso pode ser irrelevante para a luta, ou não, mas funciona muito bem como um programa de televisão. Outra principal diferenças entre as versões era o foco na parte de treinamento. No TUF americano, podemos acompanhar e perceber as diferenças no camping das tuas equipes.

Tais qualidades são não notadas aqui no Brasil, o que se torna ainda mais ironico pois é feito com o aladeardo "padrão globo de qualidade". Em quatro episódios, vi mais trotes, declarações polêmcias e confusões do que em toda temporada norte americana. Alguns podem dizer que isso é parte do temperamento explosivo do lutador brasileiro, mas tudo poderia ser amenizado com uma edição melhor. O que vemos no TUF Brasil 2 é a globo transformar um bom reality show em uma versão de BBB com porrada. Não é a tôa que com um programa de baixa qualidade que temos, o TUF Brasil vem tendo a baixa audiência que vem sendo noticiada.

A respeito das críticas ao TUF Brasil, deixo uma declaração do Spider dado ao Sportv:

"Não é que elas não sabem; não estão tendo acesso à essência desse esporte, por conta de a gente, de repente, ter um TUF aqui no Brasil, em que podemos mostrar a essência da arte marcial, a essência do esporte, e acabam mostrando coisas que não têm muito sentido, que é neguinho esculhambando, quebrando coisa. Acho que isso foge um pouco do princípio da arte marcial, da filosofia do esporte."

Enfim, se até um lutador bem relacionado com a globo vê equivocos no TUF Brasil, é sinal de que tá na hora de repensar na forma como o programa é conduzido.

Obs: Durante o card do TUF Finale, houve uma luta feminina para definir quem seria uma das técnicas do TUF 18 e consequentemente a desafiante ao cinturão de Ronda Rousey. Até aqui foram duas lutas femininas no UFC e ambas foram ótimas de assistir. O nocaute de Cat Zingano foi show.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Estádios da ditadura





Usar de espetáculos públicos com o objetivo de acalmar a população e assim garantir a manutenção do status quo não é novidade alguma. Quem se lembra de um pouco das aulas de história do colégio poderá citar a famosa política de pão e circo usada na Roma antiga.

No mundo contemporâneo, a política do pão e circo ganhou um reforço e tanto. O futebol, esporte apaixonante que é a modalidade mais praticada em todo mundo, virou alvo preferencial para que políticos, em especial de regimes totalitários, de vários cantos do mundo usassem da sua capacidade de entretenimento para distrair as massas.

Um primeiro exemplo marcante que podemos pegar como referência foi a copa de 1934. A Itália sediou a Copa e Mussolini buscava provar que o país se erguia mais forte do que nunca. Entre os momentos polêmicos, podemos citar a ordem para que a impressa apenas elogiasse a equipe ou de quando o trio de arbitragem da final entre Itália e Tchecoslováquia fez saudações ao ditador italiano antes da partida.

O segundo exemplo que destaco é o da Copa de 1978, na Argentina. Aqui a coisa foi um pouco mais complexa. A decisão de fazer uma copa saiu 12 anos antes, em 1966. Porém, em 1976, antes da copa houve um golpe militar na Argentina. Tal fato gerou muita pressão contra o direito da Argentina sediar a Copa, mas nada mudou. Com o aval da Fifa, a copa foi realizada e a seleção da casa foi campeã após uma classificação polêmica contra a seleção do Peru e algumas interferências na escalação de árbitros.

Mas o meu objetivo não é listar todos os casos estranhos envolvendo política e futebol. Citei os exemplos acima para fazer o plano de fundo para alguns dados que eu encontrei, os quais eu acho relevante dado ao momento em que rios de dinheiro são gastos para construir as praças esportivas da copa de 2014. E a principal informação coletada foi: dos trinta e um maiores estádios brasileiros, 16 foram construídos durante a ditadura militar (1964-1985).

Eis a lista dos maiores estádios:

1             Maracanã          
2             Mané Garrincha – Construído em 1974. A capacidade era bem menor e vai aumentar com as obras da copa.  
3             Morumbi           
4             Castelão – Inaugurado em 1974              
5             Mineirão  - Inaugurado em 1965, mas o projeto é de antes do golpe militar      
6             Arena do Grêmio           
7             Arruda - Inaugurado em 1972, o estádio é privado, mas teve sua construção financiada por um banco público;
8             Beira-Rio
9             Serra Dourada – Inaugurado em 1975  
10           Parque do Sabiá – Inaugurado em 1982              
11           Engenhão          
12           Olímpico
13           Mangueirão – Inaugurado em 1978
14           Albertão – Inaugurado em 1973              
15           Arena Pantanal
16           Pacaembu  - Inaugurado em 1940 (Ditadura Vargas)     
17           Couto Pereira  
18           do Café – Inaugurado em 1976
19           Barradão            
                Ilha do Retiro   
21           JK  - Inaugurado em 1976           
22           Teixeirão            
23           Centenário – Inaugurado em 1976         
24           Brinco de Ouro                
25           Pituaçu               
26           Colosso da Lagoa            
                Douradão          
28           Olímpico Regional – Inaugurado em 1982           
29           Boca do Jacaré - Inaugurado em 1978
30           Almeidão  - Inaugurado em 1975
                O Amigão – Inaugurado em 1975            

No Estado do Ceará o domínio é total.
 
Aqui na nossa terrinha, os quatro principais estádios são Castelão, Presidente Vargas, Junco e Romeirão. Todos eles foram construídos em períodos totalitários.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

1 ano do muro.

O show foi no dia da mentira, mas meus sentimentos em relação a ele são os mais verdadeiros que já tive na música. Um ano de The Wall live, um show inesquecível registrado em duas postagens aqui no blog:


Roger Waters - The Wall Live @ São Paulo 

 

Freak Show Documentários - The Wall Live @ São Paulo