domingo, 29 de agosto de 2010

Barrichello - 300 GP

"Desejo sorte ao novo presidente, o basquete está precisando. Sorte é trabalho, mas é preciso ter estrela. O Rubinho Barrichello, por exemplo, tem estrela, apesar de muitos dizerem que não. Ele é milionário, ganha muito dinheiro. O problema dele é que a estrela dele fica na bunda e se apaga quando ele senta no cockpit"

A frase acima foi dita pela ex-jogadora de basquete Hortência, grande líder da seleção brasileira em sua época mais vitoriosa. De todos os seus feitos, essa frase, para mim, está entre os mais destacáveis. A atual dirigente consiguiu sintetizar em algumas palavras a carreira do piloto brasileiro.

O fato é que Rubens Barrichello foi mais uma das promeças do automonbilismo brasileiro que não deu certo e é, até que Felipe Massa o desbanque, o melhor piloto brasileiro que não consiguiu conquistar um título. Também é verdade que o piloto é respeitado por sua experiência, o que ajuda muito as equipes em busca de evolução, como aconteceu com a Brown GP, campeã do mundial de construtores em 2009.  

Barrichello chegou na F1 com boas credenciais e realizou boas corridas. Após anos apanhando em equipes instáveis, conseguiu adquirir estabilidade com a equipe Stewart, onde chamou a atenção da Ferrari, equipe que marcaria sua carreira pra sempre.

Uma das marcas do piloto, foi a sua falta de sorte ( com pitadas de incompetência). Essa falta de sorte é justamente o que representa a tal estrela apagada da frase da ex-jogadora de basquete. 

Vejamos as marcas da carreiras do piloto:
  •  Rubens Barrichello e o GP do Brasil
Umas das relações mais curiosas da carreira do piloto é a sua com a com o grande prêmio do Brasil. Em duas oportunidades ele liderou a prova. Na primeira vez parou com problemas mecânicos e na segunda vez abandonou a corrida por falta de gasolina!!! E isso era na Ferrari. Inacreditável. Em 2009, buscando uma virada quase impossível no campeonato para desbancar o companheiro de equipe, chegou a fazer a pole position na corrida de interlagos, mas com problemas durante a corrida sequer chegou ao pódio.


  • Acidente do piloto Felipe Massa
O fraco começo de campeonato de Barrichello em 2009 fez com que o piloto ficasse de fora dos holofotes da F1. Com isso, o piloto acabou meio esquecido nas rodas de chacota tão tradicionais. Tudo andava bem, correndo numa boa equipe e atuando sem pressão, até que no meio da temporada, no GP da Hungria, uma peça do seu carro soltou e atingiu em cheio o capacete do piloto Felipe Massa, que passou uma semana hospitalizado e abandonou o resto da temporada. Mas que cabra azarado.

  • Capacho da Ferrari


Por diversas vezes o corredor foi feito de capacho na escudeira italiana. Tinha os piores mecânicos e tinha que abrir pro alemão passar. Toda essa falta de moral afundou a credibilidade de Rubinhos para níveis abissais. Eu xinguei muito esse cara naquela época, mas depois comecei a pensar melhor e levei em consideração a relação entre o piloto-funcionário e a equipe-empregadora. Mas após sair da Ferrari, o próprio piloto passou a condenar as ações da sua antiga equipe, ou seja, tinha ficado calado não por convicções no jogo de equipe , mas pq era acomodado mesmo. Piloto como ele, que sempre teve oportunidades, não precisava passar cinco anos nessa condição.  O agravante é que anos depois, ele voltou a trabalhar com o seu antigo chefe de euipe da Ferrari e elogiou bastante o trabalho dele. Ou seja,  comeu no prato de Ross Brown na época da ferrari, cuspiu nele na época da Honda e voltou a comer no mesmo prato na época da Brown GP. Magnífico.


  • " Esse ano eu vou ser campeão"
Esse é o principal defeito do piloto. Qualquer pessoa podia alegar que o Rubinho não faz mal a ninguém, que só quer curtir o esporte que ama e ganhar seu milhões. Pode-se dizer que muitos outros bons pilotos fracassaram! Mas o agravante do brasileiro é que em todo início de temporada o piloto fala que esse ano vai lutar pra ser campeão. Porra, o cara já tá a dezoito anos lá, não fez nada de relevante e sequer aprende a ter humildade. Certa vez, após uma pole position do Felipe Massa, Barrichello deu declarações que passaram certa inveja dele em relação ao co-patriota.


Por fim, não podemos deixar de citar o episódio de hoje. Na corrida de número 300 de sua carreira, com todas as atenções voltadas para ele, o piloto sequer completa a corrida e ainda bate num dos candidatos ao título!!! 

Ê Rubinho, tu é osso hein hehehe.

Obs: Pior do que tudo que o Rubinho fez, foi ter que aguentar tanta merda narrada pelo Galvão Bueno nesses 300 GPs. Realmente sofri bastantes nas manhãs de domingo. Se bem que por mais que o Galvão tenha tentado, o ápice é do Cléber Machado. Ver vídeo abaixo e prestar atenção em toda dramaticidade dada pelo mago da narração brasileira, com toda contextualização da vitória com o dia das mães. Muito engraçado.








 

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