Já é costume em toda virada de ano as pessoas fazerem promessas de que vão
fazer ou deixar de fazer tal coisa. Eu, normalmente, não prometo nada, pois
raramente cumpro, mas fiz uma para 2013: movimentar mais o querido blog. Não
que ele seja super movimentado e que vá mudar a vida de milhares de pessoas,
apenas pq eu gosto deste espaço mesmo.
Antes de vim postar eu fiquei matutando um tema na minha cabeça para
escrever no post e algumas coisas surgiram, mas acabei optando pela mais fácil:
No caso, escrever a minha opinião sobre o filme Lincoln, de Steven Spilberg, e
algumas coisinhas mais.
obs: não sou critico de cinema, logo tudo vai na base do que eu achei mesmo.
Então vamos...
Inicialmente, eu pretendia assistir o filme no Shopping Iguatemi, porém
acabei mudando de ideia após uma rápida passagem por lá, onde encarei um
engarrafamento dentro do estacionamento com direito a dezenas de motoristas
estressados descontando tudo nas buzinas de seus amados carros. Com isso acabei
mudando de ideia e fui assistir ao filme no Via Sul, o que acabou valendo a
pena nesse aspecto, pois foi consideravelmente mais calmo.
Toda vez que vou ao cine do via sul eu fico meio apreensivo. Algumas salas
são boas e modernas, outras fizeram do jeito que dava. No caso eu assisti ao
filme na sala 6 e me deparei com aquelas salas mais ou menos, com as cadeiras
descascando e a projeção meio fora de foco e etc. Já enfrentei problema
semelhante quando fui assistir o Hobbit no Iguatemi, onde alguns pontos pretos
apareciam na projeção.
Agora, talvez alguém se pergunte por que eu escolhi Lincoln? Bem, primeiro
pq tinha ouvido falar bem do filme e segundo pq eu me interesso bastante por
história. Logo, esse filme me chamava a atenção desde que foi lançado.
O filme começa com uma cena interessante onde Lincoln relata um sonho que
teve. Um sonho que, como qualquer um, trás muitas metáforas. Qnd vi isso eu me
empolguei um pouco pq imaginei q o filme poderia dar uma visão densa deste
famoso personagem, o que poderia tornar as coisas mais instigantes. Porém, já
na cena seguinte, a mulher de Lincoln faz toda a interpretação do sonho com a
mesma facilidade com a qual eu preparo um Nescau, o que me fez perceber que o
filme seria mastigado, dentro do possível é claro, para o grande público, em
vez de estimular a compreensão do personagem sobre toda película.
Depois disso o filme se arrastar por 140 minutos mostrando a luta do finado
presidente americano durante os 30 dias que antecederam a aprovação da emenda
da abolição.
Acho q o principal pecado do filme foi suavizar muito a história fazendo com
que o fato mostrado perdesse muito da sua força e seriedade. Por exemplo, nas
cenas em que aliados de Lincoln vão atrás de subornar seus adversários para que
votem a favor do presidente, Spilberg dá uma dinâmica digna de sessão da tarde
com sequencias “engraçadas” e trilha sonora animadinha. Outras partes chatas são
quando o presidente vai falar algo e entra uma trilha sonora com piano para
mostrar ao público que aquilo é algo bonito de ouvir. Outras partes
desnecessárias que eu achei foram as cenas esporádicas que o diretor tenta lembrar
que a escravidão era cruel com a mesma profundidade de uma novela da seis da
globo. Se for pra mostrar, que seja de forma mais real e convincente. Além
disso o filme deixa algumas partes pouco explicadas.
O filme é um desperdício completo? Não! Primeiro porque o ator que
interpreta da um show de como entrar no personagem. Eu sinceramente fiquei
impressionado, embora eu ache que em Sangue Negro o Daniel Day Lewis me
surpreendeu mais (e pensar que quando eu era criança meu irmão advogava a tese
de que o Daniel era o pior ator de Hollywood rsrs). Dos outros atores, eu
gostei mais da Sally Field do que o Tommy Lee Jones, embora tudo mundo elogie
mais esse último. Outra coisa que gostei é que mostrou bastante os debates e as
estratégias dos deputados para aprovar ou vetar a 13ª emenda. O fato de mostrar
a questão do suborno dos parlamentares, apesar de suavizada, trás alguns
méritos ao filme, pois podemos ver as raízes do mensalão hehe.
No mais é isso. Recomendo o filme? Se você gosta de história e política como
eu, sim. Pois apesar do filme não ser uma obra prima na minha visão, passei uns
dois dias pensando nele, mais pelo fato que ele relata do que pelos méritos da
película. Caso não curta isso, pode deixar o filme passar e buscar outra opção.
Um comentário:
Uhuul, blog de volta! E gostei do texto :)
e poxa, a parte da mastigada no filme foi decepcionante hehe
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