CONSUMISMO INFANTIL
Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental forjado que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo. Hoje, todos que são impactados pelas mídias de massa são estimulados a consumir de modo inconseqüente. As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
Sempre que datas comemorativas como Natal e Dia da Criança estão próximas, as exigências infantis se voltam aos presentes, que muitas vezes custam “os olhos da cara”. Começa então a dor de cabeça dos pais para tentar conciliar essas cobranças com a realidade econômica pela qual o país está passando. Mas será que ceder às pressões de crianças e adolescentes é a melhor saída?
O Dia da Criança se aproxima e, com a data, os pais já estão preocupados com o que dar de presente aos filhos. Mas, em tempos de crise financeira e conseqüente aperto do orçamento familiar, mais do que “o que” dar aos filhos, a preocupação se volta a “como” presentear.
E como se não bastasse ter de aprender a lidar com as limitações financeiras, outro problema é enfrentado pelos pais: saber trabalhar com o impulso consumista de crianças e adolescentes. “Nossa sociedade é consumista, e isso equivale a dizer que acreditamos que os objetos poderão nos trazer tudo o que nos falta. Temos de racionalizar o consumo, ou seja, desmistificar os objetos como realizadores de nossa felicidade e satisfação plena”, afirma Vera Iaconelli, psicóloga e psicoterapeuta especializada em relacionamento entre pais e filhos que, há seis anos, coordena a Clínica Gerar — Escola de Pais.
O consumismo irracional, segundo a psicóloga, gera problemas muito mais profundos. “Vivemos em uma sociedade em que tanto a aquisição de bens materiais como o consumo de drogas, que podem ser bebidas alcoólicas ou remédios, são muito incentivados. Aplicamos a idéia de que coisas podem preencher e aplacar nossas insatisfações afetivas, seja comprando objetos, seja usando substâncias danosas à saúde”, alerta. A psicóloga diz que ensinar as crianças a lidar com o consumismo é uma forma de prevenir o aspecto sedutor que essas substâncias exercem sobre seus consumidores. Por isso pense duas vezes antes de fazer uma compra, avalie se realmente esta precisando daquilo ou se apenas quer comprá-lo pra lhe satisfazer uma vontade não exteriorizada.
Kássio
Um comentário:
Situação triste essa ... basta voce parar para analisar um pouco o periodo dos intervalos entre uma propagama e outro na tv(não que durante os proprios programs nao haja esse tipo de propaganda).É absurdo o quando o individuo é bombardeado com produtos,promoções e falsas ideias de felicidade.
Um exemplo, uma propaganda de chocolate,que quando uma mulher come o chocolate ela tem uma sensação que é quase um orgasmo.
E não é so na tv, nas ruas ,outdoors,radio...esta em todo lugar,a unica proteção que temos contra isso é o senso critico,o qual é tão combatido pela cultura de massas atual.
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