segunda-feira, 15 de julho de 2013

Plebiscito de 1993

Nas últimas semanas, um dos temas que entrou na pauta das rodas de debates por todo país foi a possibilidade de ocorrência de um plebiscito para iniciar uma reforma política no país. Logo começou a se falar de plebiscito, imediatamente lembrei de um ocorrido há muito tempo!

O ano mais precisamente era 1993 e foi um plebiscito no qual o povo foi consultado sobre a forma de governo (monarquia ou república) e sistema de governo (presidencialismo ou parlamentarismo). Os vitoriosos na votação foram a república e o presidencialismo, forma e sistema que vigoram até hoje.

Foi ai que bateu a curiosidade e fui ver como foram as propagandas para cada opção nesse plebiscito e, graças ao You Tube, eu encontrei, umas maiores e outras menores:

Monarquia



República



Presidencialismo



Parlamentarismo




Comentários:

a) assim como qualquer propagandas eleitoral, é aquela coisa: defendemos o melhor e o perfeito, o lado de lá, e somente ele, tem imperfeições e sujeiras;

b) O publicitário da campanha parlamentarista foi Duda Mendonça. Na peça elaborada por ele, vemos criticas à corrupção e grande negociata que o presidencialismo pode ser. Anos depois, o mesmo foi réu no julgamento do Mensalão e acabou absolvido.

c) Segundo a wikipédia, Alagoas foi o Estado que mais votou a favor da Monarquia.

d) alguns vídeos são bem maiores do que outros, mas isso não representa preferência pessoal. Foi apenas o que consegui encontrar.




quarta-feira, 3 de julho de 2013

Colossais - EP

Galera, é com grande felicidade que venho divulgar o EP da banda cearense Colossais.

Pra baixar, basta clicar aqui.

Lucas Braga, Robson Rodrigo, Bruno Braga e Claudemir dos Anjos
Para conhecer mais sobre os caras é só dar uma conferida no release:

Colossais é uma banda de Rock Nacional formada em outubro de 2011. O estilo musical do grupo consiste em Hard Rock, post-grunge e metal alternativo, com letras em português apresenta uma nova proposta ao cenário atual. A banda é constituída pelos membros fundadores Lucas Braga (vocais) e Bruno Braga (baixo), mais adiante com o baterista Claudemir dos Anjos e o guitarrista Robson Rodrigo.

Tudo começou com dois jovens querendo formar uma banda de Rock, Lucas e Bruno Braga são primos e desde sempre quiseram eles formar uma banda, após algumas tentativas frustradas conseguiram montar em 2010 uma banda chamada Mata Pato (uma expressão nordestina que se dar a “loucos”) com letras politicamente incorretas e uma pegada Punk Rock, logo conseguiram com que algumas pessoas curtissem suas canções. Com a permanência de Claudemir na bateria, a banda optou por uma mudança no som, mas sem mudar a proposta, letras com um apelo social, discutindo ideias, colocando em pauta pessoas e comportamentos, mudando seu nome para Colossais, mais posteriormente entra um novo integrante, Robson Rodrigo atual guitarrista.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Resumão da Copa das Confederações de 2013

A Copa das Confederações é basicamente um evento teste para a Copa do Mundo. Embora não tenha sido criada com essa finalidade, o torneio passou a ser usado desde 2001 como um evento para testar os países que vão sediar a copa do mundo no ano seguinte ( em 2003 foi disputada uma edição na França, sendo a última sem a finalidade de teste para a copa).

Justamente por ter esse caráter menor, o torneio normalmente era deixado de lado e considerado sem sal. Porém, muitos fatores, dentro e fora de campo, fizeram desse evento algo histórico. É o que tentaremos resumir a seguir:


  • O povo ocupa as ruas!
Que a Copa das Confederações iria ser notícia no Brasil não havia dúvidas, afinal somos a sede. Mas o torneio passou a integrar os meios de comunicação de todo o mundo por um fator não planejado nem pela FIFA, nem pelo governo, pelo contrário, contra eles! Pois é, se você não voltou de Marte agora, já deve saber que estou falando das manifestações.

Ao contrário do que muita gente pensava, inclusive eu, o futebol não é capaz de esfriar o sentimento de indignação do povo. Milhares e milhares foram para as ruas desde 12 de junho e os dias com jogos eram normalmente marcados por grandes protestos próximos aos estádios. Os 20 centavos foram um estopim, a Copa um catalisador, e toda essa galera marchou quase diariamente na luta por país mais digno. Como resultado, autoridades, jornalistas, jogadores, comissão técnica e etc, ninguém conseguiu ignorar o povo nas ruas. A presidente teve que se pronunciar sobre o acontecido. A PEC 37 caiu. Um deputado foi preso. Aumentos foram revogados. Mostrou para o mundo que Brasil não é apenas praia, futebol e carnaval. Ainda é pouco, mas são vitórias que eu não conseguia imaginar até pouco tempo.

A nota triste ficou pelos intensos combates entre polícia e protestantes, onde os justos acabaram pagando por alguns pecadores. Vale um post específico depois.

Muitos dizem: o Brasil campeão vai fazer tudo esfriar. Posso estar errado, mas acho que não. O povo não ia para as ruas por causa da falta de hábito e mobilização. Agora que criou tais hábitos, não vai ser uma vitória que vai fazer ele parar. Espero que assim seja, pois existem muitas batalhas para vencermos.

  • Melhor Copa das Confederações já disputada 
Para ter noção de como o foco ficou nas ruas, a Copa das Confederações disputada nesse ano foi sem dúvidas a melhor disputada e mesmo assim a repercussão dos jogos em si foi tímida até a final.

A Copa tinha oito times, dos quais 4 já foram campeãs mundiais e três delas tinham sido as últimas campeãs da copa (Brasil em 2002, Itália em 2006 e Espanha em 2010). Das seleções que não possuíam títulos mundiais, duas eram campeãs olímpicas (Nigéria em 1996, México em 2012). Ou seja, era muita tradição em campo.

Foram 68 gols em 16 jogos, apenas um zero a zero (que foi épico), e mais de quatro gols por jogo. Para ter noção, na última edição foram 44 gol em 16 jogos.

  • Brasil volta a ter uma equipe competitiva 
Mais do que o título, o importante foi ver a seleção apresentando um futebol competitivo novamente, tendo algumas peças se destacado. Neymar jogou como nunca e já estão endeusando o garoto (aqui cuidado, os extremos - a crítica incessante e o elogiou exagerado - são dois lados da mesma moeda). Ele vai precisar de muita cabeça para se manter focado até ano que vem. Enquanto isso, Fred marcou os gols que a seleção precisava e ajudou bastante com sua experiência. Julio Cesar recuperou do trauma da copa. David Luis e Tiago Silva, embora com algumas pequenas falhas, foram muito bem. Daniel Alves e Marcelo foram muito bem, sendo o Marcelo mais constante. Hulk e Oscar não inspiraram, mas transpiraram pra caramba, executando todas as determinações do técnico. Paulinho deixou de ser apenas o ídolo do Corinthians para ser respeitado por toda a torcida.

  • Fortaleza: difícil de avaliar
Se a Copa das Confederações é um teste, como se saiu nossa cidade? Difícil de avaliar. Em termos de público, todos os jogos receberam bom número. O gramado do castelão foi eleito o melhor do torneio, mas deverá sofrer reparos para copa. Fora do estádio, algumas medidas foram feitas para maquiar a realidade. Decretar feriados diminuiu a possibilidade de engarrafamento. Os ônibus e os bolsões de estacionamento foram ótimas ideias e, apesar de algumas falhas, eu aprovo. Quanto a recepção de turistas, eu ainda não vi muitas informações, mas pelo que acompanhei até pouco tempo antes do evento, nossa cidade apresentava algumas falhas significativas. O principal ponto negativo, é que as obras ditas como legados da copa (transporte urbano, aeroportos e etc), não foram testados porque estão muito atrasados.

No jogo que fui, apesar das 56 mil pessoas, tudo ocorreu tranquilamente. A torcida é muito mais tranquila, nem lembrando a de um jogo normal. A chegada foi rápida e saída também. Acho que minha experiência não conta muito porque tudo deu extremamente certo, então não é muito parâmetro.
  • 5 melhores jogos
5º lugar: Espanha 0 x 0 Itália (7 a 6 nos pênaltis)
4º lugar: Brasil 4 x 2 Itália
3º lugar: Brasil 2 x 1 Uruguai
2º lugar: Brasil 3 x 0 Espanha
1º lugar: Itália 4 x 3 Japão

  • As principais gafes
Como qualquer evento grande evento, especialmente no Brasil, gafes não poderiam ficar de fora. E foram muitas:

  1. Joseph Blatter: eu não gosto muito de vaiar, mas o pessoal resolveu vaiar a presidente Dilma. Era algo entre a população e sua presidente, ou seja, assunto da casa. Logo, acho que o chefe maior da fifa devia ficar calado na sua e nada de se meter pedindo fair play com a presidente. E o suíço tava tão azarado que o outro torneio que tava organizando, o mundial sub 20, foi na Turquia, onde a porrada tá comendo.
  2. Vaias para a Espanha: olha elas aqui de novo! Aqui não tem como dar razão ao público. Passamos tanto tempo vendo pernas de pau por aqui que só sabem desferir cacetadas e erram passes de dois metros que é incompreensível vaiar a Espanha porque ela toca a bola muito bem. Podem dizer que é chato e que ela era rival, mas eles jogam um bom futebol e acho que isso deve ser o que a galera queira ver dentro de um estádio, não?
  3. Pelé: pediu pro povo esquecer as manifestações e apoiar a seleção. Não é a primeira vez que o ex-jogador faz isso e mais uma vez manda uma fora.
  4. Sérgio Ramos: ao acertar o pênalti contra a Itália, mandou a torcida cearense ficar calada. Cuidado, praga de cearense pega... Perdeu um na final.
  5. Espanha x Hotel e Imprensa: olha a Espanha aqui mais uma vez... Dá até pra entender porque eles perderam hehe. Tudo começou com a Espanha insinuando que havia sido roubada em Recife. Ai funcionários do hotel, os potenciais suspeitos das acusações espanholas, abriram a boca: teve farra e mulheres com os jogadores no hotel. Ao vim para Fortaleza, nova polêmica com o hotel local. Depois afirmaram que tudo era tentativa pra instabilizar eles. Ou seja espanhóis, foco!
  6. Faltando 4 dias para estrear, os jogadores da Nigéria resolveram fazer uma greve, deixando todo mundo sem saber o que ia acontecer. Eles jogaram, mas foram logo eliminados.

  • Menção honrosa
Foram muitas goleadas, mas o Taiti apresentou o prazer e a alegria de jogar futebol que só um time amador, sem as pressões e regulações do profissionalismo, pode mostrar. Apesar dos gols, foi o time que menos cometeu faltas, mais sorriu e mais sonhou.